A pequena Beatriz Angélica Mota, de apenas 7 anos de idade, morta a facadas na escola em que estudava em Petrolina (PE), em dezembro de 2015, foi assassinada após se assustar ao ver o suspeito com uma faca. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 12, durante coletiva de imprensa.

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O suspeito é Marcelo da Silva, de 40 anos, segundo a polícia, ele confessou ser o autor da morte da menina. 

A identificação do suspeito ocorreu 6 anos após o crime e só foi possível após o cruzamento de material de DNA encontrado na faca utilizada para matar a criança.

De acordo com o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, o suspeito matou a menina com o intuito de silenciá-la.

“Temos a motivação alegada se coadunando [coincidindo] com a dinâmica dos fatos que, ao haver contato do assassino com a vítima, ela teria se desesperado e por isso foi silenciada a golpes de faca”, declarou o secretário.

De acordo Freire, o suspeito teria ido até a escola onde ocorreu o crime com o intuito de pedir dinheiro. Ele contou que  conseguiu entrar na escola com dificuldade e acabou sendo visto pela menina. 

“Durante o interrogatório, ele disse ter transitado pelo local e quando teve um breve contato com a vítima, ela teria se assustado. A motivação foi silenciá-la, para que não houvesse um revés contra ele. A abordagem aconteceu perto do local do crime. Pela narrativa, não era direcionado a uma pessoa específica”, disse Freire.

Marcelo Silva tem um histórico de crime sexual contra menor. Ele está preso por um crime dessa natureza cometido em 2017. 

O secretário informou que a força-tarefa montada para o caso vai continuar trabalhando, apesar de já ter identificado o homem que confessou ter cometido o crime. Ao final do trabalho, o inquérito deve ser encaminhado ao Ministério Público.

“Estamos requisitando diligências complementares para comunicar à sociedade. Não nos acomodamos com essa primeira notícia, a Polícia também não, e é preciso que isso seja esclarecido”, disse Ângela Cruz, do CAOP Criminal do MPPE.

 

Perícia

O laudo da perícia foi concluído na segunda-feira, 10, de acordo com a TV Globo, que teve acesso ao documento, a perícia técnica não esclarece a motivação do crime.

O que levou até o suspeito foi a faca usada pelo criminoso.

Os peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. A partir da análise, foi possível comparar com o perfil do assassino.

O material da faca foi comparado com o material genético de 124 pessoas consideradas suspeitas ao longo dos seis anos. A perícia constatou que nenhuma delas tinha ligação com o crime.

Em 2022, os dados coletados pelos peritos na faca utilizada no crime foram aprimorados. Por conta do avanço da tecnologia, os policiais conseguiram incluir o perfil genético do assassino no Banco Estadual de Perfis Genéticos, da Polícia Científica.

Os peritos fizeram um cruzamento de informações em um programa de computador que reúne 14 mil cadastros de pessoas que estão ou já passaram pelo sistema prisional de Pernambuco. O resultado apontou Marcelo da Silva como o assassino da pequena Beatriz.

 

Relembre o caso

A pequena Beatriz foi a formatura da irmã, no dia 10 de dezembro de 2015, juntos com seus pais no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina (PE).

Durante o evento, a menina se distanciou dos responsáveis para beber água em um bebedouro, quando desapareceu. 

O pai, que era professor de inglês da unidade escolar, chegou a utilizar o sistema de som da festa para perguntar se alguém tinha visto a filha.

Beatriz foi encontrada em seguida já sem vida, com uma faca cravada no tórax, em uma sala ao lado da quadra poliesportiva do colégio.

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