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PF realiza operação para combater tráfico de pessoas e trabalho escravo no Maranhão e Rio Grande do Sul

Dois mandados de busca e apreensão foram realizadas na manhã desta quarta-feira, 9, no Maranhão e no Rio Grande do Sul por agentes da Polícia Federal (PF).

A ação foi realizado durante a oepração ‘Falsas Promessas’ que visa combater o tráfico de pessoas e a redução a condição análoga à de escravo.

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Os mandados foram cumpridos no município de São Luís, no Maranhão e em Sapucaia do Sul, Rio Grande do Sul. Todas as medidas foram expedidas pela Justiça Federal.

Investigação

A investigação da PF verificou uma possível ação de tráfico de pessoas. Cerca de 21 trabalhadores oriundos do Estado do Maranhão foram aliciados, mediante fraude, com a promessa de trabalho, alojamento e alimentação pagos pela empresa contratante.

O trabalho seria no Estado do Rio Grande do Sul, para enganar as vítimas, os ‘contratantes’ simularam a assinatura de contrato com elas ainda em solo maranhense.

Ao chegarem ao destino, as vítimas descobriram que foram enganadas, pois o contrato assinado no estado de origem não tinha qualquer validade perante a construtora.

Em sequência, eles foram constrangidos a assinarem novo contrato com valor inferior de salário básico e sem o auxílio alimentação que havia sido pactuado.

Além disso, acreditavam ter sido contratados como carpinteiros, todavia, no Rio Grande do Sul, descobriram que iriam trabalhar como montadores, carregando formas metálicas, que pesavam cerca de 65 kg.

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As vítimas foram ludibriadas quanto ao recebimento de valor adicional por produção, afinal o mínimo a ser atingido era inalcançável.

Ressalte-se que, quando as vítimas perceberam todo o esquema enganoso, pediram para serem demitidas, solicitando o pagamento ao menos da passagem de volta para o Maranhão, afinal não tinham dinheiro suficiente.

Eles obtiveram como resposta que, se quisessem sair, deveriam pedir demissão e não teriam direito a nada.

Os investigados poderão responder por crimes de reduzir alguém a condição análoga à escravidão e de tráfico de pessoas, dentre outros, podendo a pena ultrapassar 16 anos.

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