Nesta terça-feira, 15, o promotor do Caso Moïse, Alexandre Murilo Graça, afirmou que a lista de pessoas que devem ser investigadas, inclui três homens que aparecem nas quase quatro horas de gravações no quiosque, além de quatro agentes de segurança, sendo dois policiais militares e dois guardas civis, suspeitos de não terem atuado para conter as agressões.

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“Você tem outros crimes que podem ter acontecido ali que estão sendo investigados. Nós, desde o começo, estamos junto com a autoridade policial pra poder identificar esses outros crimes e esses outros autores. Nós podemos falar da omissão de socorro, na conduta de repente de agentes públicos que não interviram, eles não atuaram quando deveriam atuar”, disse o promotor.

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado e da Câmara Federal querem a identificação de todos os presentes na cena do crime, além dos agentes públicos suspeitos de omissão de socorro à Moïse Kabagambe, espancado até a morte, no Rio de Janeiro. A cobrança deve constar no relatório final das diligências feitas no Rio.

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De acordo com Carlos Veras (PT-CE), presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados, a íntegra das imagens do quiosque onde Moïse foi morto mostram claramente a presença de outras pessoas, além dos três homens presos pelas agressões. Isso aponta, segundo o parlamentar, indícios de omissão de socorro.

“Não dá para paralisar o processo nos três que estão presos. Todos que estão envolvidos ali, seja pelo crime de omissão, incentivando, além dos que praticaram as agressões, precisam ser investigados”, cobrou, Veras.

No caso mais contundente uma testemunha afirmou, em depoimento à polícia, que pediu socorro a dois guardas municipais para conter as agressões ao congolês e que os mesmos teriam negado.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que a Corregedoria Geral da Corporação abriu um procedimento para averiguar as denúncias.

Nesta terça-feira, integrantes do Senado, da Câmara Federal e representantes de movimentos, participaram de uma reunião no gabinete da presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, Dani Monteiro.

Foi o segundo e último dia de diligências da comitiva federal na capital fluminense, no âmbito das investigações sobre o assassinato de Moïse Kabagambe.

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