Um jovem de 18 anos morreu na quarta-feira, 16, após passar por um treinamento no 9º Batalhão de Engenharia de Combate em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul (MS).
O jovem havia entrado para o curso da reserva do Exército nesta segunda-feira, 14.
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O atestado de óbito de Edilsio Morais da Silva Filho informa que ele veio a óbito por rabdomiolise, uma destruição das fibras musculares, hepatite fulminante, arritmia cardíaca e desidratação.
A família diz que a morte de Edilsio foi causada por negligência, por falta de água, da exposição ao sol e das poucas horas de descanso por conta dos treinamentos.
Após dois dias de curso, na quarta-feira, Edilsio foi realizar uma corrida e, após o percurso, começou a passar mal.
Defesa
O comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Combate em Aquidauana, tenente-coronel Braulio, disse que o jovem teria feito uma corrida de 3 km, acompanhado de outros 19 alunos.
No final do percurso, no alojamento, Edilsio se sentiu mal e foi atendido pelo médico do Batalhão. Em segunda, foi levado para o Hospital Regional de Aquidauana, onde não resistiu e morreu.
Rotina pesada
Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução
Por troca de mensagens enviadas a sua mãe, Edilsio relatou a rotina pesada que estava passando no curso.
“Hoje foi doido. Teve um momento em que deram 30 segundo para ir no alongamento e voltar pra formação. Atrasei e me mandaram fazer uma redação de 50 linhas”.
Na conversa, na madrugada de terça-feira, 15, ele não conseguiu dormir, pois havia terminado uma redação às 2h20 . E uma hora depois, estava acordado para fazer a faxina no batalhão.
Já na manhã desta quarta-feira, durante uma sequência de exercícios físicos, ele passou mal e precisou ser levado ao hospital da cidade onde não resistiu e morreu.
Ida ao hospital
Em nota, o Batalhão onde Edilsio estava confirmou a morte do jovem após o exercício físico.
“Faleceu após o treinamento, após a corrida ele se sentiu mal, recebeu atendimento médico no batalhão e no hospital regional, à noite, por volta das 21h, veio a óbito”, diz a nota.
O que diz o Exército
Sobre a acusação de negligência, o tenente-coronel do Batalhão Braulio diz: “Não adianta eu argumentar alguma coisa. Prefiro não opinar e esperar este trabalho sério da investigação do inquérito policial militar, esperamos as conclusões. Até lá não queremos entrar em atrito”.
Inquérito
Em nota, o Comando Militar do Oeste (CMO) informou que abrirá um inquérito militar para investigar as circunstâncias da morte do jovem Edilsio.
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