O coveiro-chefe Marco Antonio de Oliviera, de 54 anos, começou a morar no Cemitério Municipal de Petrópolis há mais de 5 dias, após uma forte chuva causar diversos estragos no município de Petrópolis, região Serrana do Rio de Janeiro.

A força da água causou inundações, deslizamentos, e um rastro de destruição, até domingo, 20, foram registrados mais de 170 mortos e 117 desaparecidos.

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O cemitério tem 14 coveiros, o grupo combinou não fazer exigências e esticar a jornada diária. É uma forma de demostrar solidariedade neste momento tão devastador para os moradores. 

Os sepultamentos antes da trágedia ocorriam até às 16h30, agora vão até às 18h. 

O intervalo do almoço dura no máximo 30 minutos.

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Desalojado

Marco morava com a mãe, Hilma Lúcia de 85 anos, em uma pequeno apartamento no bairro Sargento Boening. Na última terça-feira, 15, uma barreira interditou o caminho. 

Sua mãe foi morar com a irmã, ele desde então vem morando no refeitório do cemitério. 

“Enquanto não volto para a minha casa, vou ficando entre os mortos”, disse o coveiro-chefe. 

No refeitório há cama, mesa e banheiro. No local, Marco tem duas “companheiras”, as vira-latas Maia e Pretinha que sempre estão ao redor dele.

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