O serial killer conhecido como “Monstro da Favela Alba” foi condenado a 103 anos de prisão, nesta quinta-feira, 17, por matar cinco pessoas e enterrar corpos na sua casa, em 2015, em São Paulo.

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O júri popular que o condenou começou na quarta-feira, 16, no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, e encerrou nesta quinta.

O pintor de paredes Jorge Luiz Morais de Oliveira foi condenado pelos assassinatos de:  Renata Christina Pedroza Moreira, Paloma Aparecida Paula dos Santos, Andrea Gonçalves Leão, Natasha Silva Santos e Carlos Neto Alves de Matos. As mulheres foram mortas asfixiadas e Carlos esfaqueado.

Os crimes do “Monstro da Favela Alba”

O pintor já havia sido condenado em 1996, a 17 anos e 9 meses de prisão, por matar dois homens em 1994 e 1995. Uma das vítimas foi morta com um tiro e a outra com um taco de sinuca e um bloco de concreto. Ele foi solto em 2013, após cumprir a pena.

Dois anos após ser solto, o “Monstro da Favela Alba” voltou a cometer crimes.

Em 2015, ele estuprou uma mulher. A vítima sobreviveu e o denunciou às autoridades. Ele foi preso e condenado a 6 anos de prisão por violência sexual.

Na ocaisão, a vítima contou à polícia que viu cadáveres enterrados numa espécie de cemitério clandestino dentro do imóvel de 20 metros quadrados do suspeito.

Após o depoimento, a polícia foi até o local e desenterrou vários ossos. Também foram encontradas roupas e objetos das vítimas na residência. 

Jorge foi preso ainda em 2015 pelos assassinatos. Ele confessou inicialmente ter matado seis pessoas. Mas exames de DNA só identificaram cinco dessas vítimas. 

Mais tarde, o suspeito negou quatro assassinatos e admitiu apenas um homicídio, alegando ainda, que matou por legítima defesa. 

As vítimas

De acordo com o Ministério Público, as cinco vítimas do serial killer eram homossexuais ou usuárias de drogas. Jorge as matava por esses motivos. 

Ele as convidava para sua casa, algumas com o pretexto de que iriam consumir entorpecentes, depois as matava.

– Renata Christina Pedroza Moreira, 33 anos, foi morta por asfixia no dia 11 de janeiro de 2015, o corpo dela foi encontrado enterrado dentro da casa de Jorge. Ele é acusado de embriagar e esganar a estudante que era homossexual e usuária de drogas.

– Paloma Aparecida Paula dos Santos, 21 anos, foi morta por asfixia em fevereiro de 2015. O corpo foi encontrado enterrado dentro da casa. Jorge é acusado de embriagar e estrangular a jovem com um fio, por ela ser homossexual e usuária de drogas.

– Andrea Gonçalves Leão, 20 anos, foi morta por asfixia no dia 30 de abril de 2015. Partes do corpo dela foi encontrado na casa. Jorge é acusado de estrangular a vítima.

– Natasha Silva Santos, 21 anos, morta em 1º de julho de 2015. O crânio dela foi achado na casa. Jorge é acusado de esganar a vendedora de livros por ela ser usuária de drogas.

– Carlos Neto Alves de Matos, 21, foi morto esfaqueado em 23 e setembro de 2015. Jorge é acusado de matar a vítima com uma faca após uma discussão por conta do jovem ser homossexual.

De acordo com a polícia, o número de vítima pode ser maior. 

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