Considerado um problema que surge tanto em homens quanto em mulheres, a alopecia – perda de cabelo ou pelo – pode ser ocasionada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas.

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A alopecia areata é um dos tipos mais comuns da doença e ocorre quando as células começam a atacar o próprio organismo.

Acredita-se que ela atinge aproximadamente 2% da população mundial em diferentes níveis, afetando desde pequenas áreas do couro cabeludo ou da barba, por meio de lesões circulares, ou causando a completa ausência dos fios em todo o corpo.

Já alopecia androgenética provoca o afinamento progressivo dos fios. Mesmo sendo mais recorrentes em homens, a doença também afeta uma boa parte das mulheres. Estima-se que 5% da população feminina mundial tenha alopecia androgenética.

Com sintomas que costumam ser mais discretos, como perda capilar na região central do couro cabeludo, os períodos de queda intensa podem ter relação com irregularidade menstrual, acne ou obesidade.

O dermatologista Diogo Pazzini explica como a doença se desenvolve e quais são os primeiros sintomas.

“Primeiramente, é preciso entender que alopecia não é o nome de uma única doença com perda de cabelo. Existem vários tipos de alopecia. Por exemplo, alopecia androgenética, areata, frontal fibrosante, de tração, etc. A doença pode variar, desde uma única placa com perda de cabelo (esse, geralmente, é o sinal inicial) até quadros mais graves, podendo deixar a pessoa careca e perder, inclusive, todos os pelos do corpo”.

Imagem: Divulgação – Doença pode causar falhas em pequenas áreas do couro cabeludo ou da barba, ou causar a completa ausência dos fios em todo o corpo

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O médico ainda destaca que, apesar de constante, é possível diminuir o avanço das perdas dos fios através de medicamentos e tratamentos específicos com profissionais da saúde.

“Tem tratamento sim, com medicamentos orais, tópicos e injetáveis. Os imunobiológicos também podem ser indicados, de acordo com cada caso. Mesmo a doença sendo determinada geneticamente, é possível prevenir os gatilhos, que são os desencadeantes, como traumas físicos, infecções e condições emocionais (estresse)”.

Outra dica, de acordo com Pazzini, é procurar o dermatologista logo no início do problema, porque é reversível.

“O cabelo pode voltar a crescer, pois os folículos pilosos não foram destruídos, apenas estão inativos pela inflamação”, completou o especialista.

Polêmica no Oscar

O caso que ganhou bastante repercussão nos últimos dias foi envolvendo a atriz Jada Pinkett Smith, durante a cerimônia do Oscar 2022.

Na ocasião, um dos apresentadores do evento, Chris Rock, fez uma piada sobre o corte de cabelo da atriz.

Jada precisou raspar a cabeça por conta de um caso grave de alopecia areata. A doença autoimune e inflamatória leva a perda de áreas circulares de cabelo ou pelos (sobrancelhas e cílios).

Após ouvir o comentário, o marido da atriz, Will Smith, subiu no palco e deu um tapa na rosto do comediante.

O ocorrido gerou vários comentários nas redes sociais reprovando ambas atitudes.

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