Apesar de as patologias relacionadas ao endométrio serem bastante comuns, existe uma dificuldade em realizar o diagnóstico precoce. Isso porque os principais sintomas que elas acarretam, como a dor pélvica e as cólicas menstruais intensas, tendem a ser normalizados pelas mulheres. No entanto, as autoridades de saúde alertam para a necessidade de atenção a esses sinais.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 180 milhões de mulheres no mundo sejam acometidas pela endometriose. Desse total, cerca de sete milhões residem no Brasil.

De acordo com as informações do Ministério da Saúde, a doença é caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. 

O endométrio é o termo usado para definir a parede interna do útero. Durante o ciclo reprodutivo da mulher, há a descamação do tecido endometrial, o que origina a menstruação. Quando há a migração desse tecido para outras áreas, como o ovário, as trompas ou a cavidade abdominal, ocorre o quadro de endometriose. 

Ainda conforme o Ministério da Saúde, quando a migração do tecido endometrial acontece não para outros órgãos, mas para a camada muscular do próprio útero – denominada miométrio – o diagnóstico é de adenomiose. A doença acomete uma em cada dez mulheres no mundo, segundo a OMS. No Brasil, anualmente, são registrados 150 mil novos casos. 

Embora semelhantes, endometriose e adenomiose possuem diferenças. O diagnóstico correto é fundamental para que a paciente receba o tratamento adequado. Por isso, as autoridades de saúde recomendam não naturalizar os sintomas, como dores e cólicas, e procurar o auxílio de um profissional de ginecologia.

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Sintomas e tratamento para a endometriose 

A Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) informa que os principais sintomas da doença são a cólica menstrual, as dores na relação sexual, o desconforto ao evacuar ou urinar durante o período menstrual, diarreia, fadiga e infertilidade.

Segundo a SBE, a cólica pode ser considerada “comum ao período menstrual” quando é aliviada pelo uso de analgésicos.

A cólica observada em pacientes com endometriose compromete a realização de atividades e a qualidade de vida. 

O tratamento pode ser clínico ou por meio de cirurgia, dependendo do quadro, da idade e da vontade ou não de ter filhos.

A SBE explica que mulheres com endometriose podem engravidar, mas dependendo da intensidade da doença podem ter dificuldades de um processo natural, o que pode mostrar a necessidade de técnicas de reprodução assistida.

Sintomas e tratamento da adenomiose 

Mais de 30% das mulheres com adenomiose podem ser assintomáticas, o que evidencia a importância de manter uma rotina regular de consultas ao ginecologista para identificar o problema.

Os outros quase 70% apresentam sintomas como fluxo menstrual e cólicas intensas.

Dores durante a relação sexual, escapes e uma leve distensão da parte inferior do abdômen também podem ser observados, como informa o Ministério da Saúde. 

O tratamento pode incluir a administração de medicamentos para alívio da dor, o uso de anticoncepcionais e a cirurgia para a retirada do útero.

A indicação será feita a partir do quadro apresentado pela paciente. 

Embora possam apresentar mais dificuldades, as mulheres com o diagnóstico de adenomiose também podem engravidar.

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