Nesta quinta-feira, 14, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência divulgou que há no banco de dados da pasta 35 registros de acesso a gabinetes do Palácio do Planalto em nome do pastor Arilton Moura. 

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Segundo o GSI, as visitas do pastor acontecem desde o início do governo Jair Bolsonaro. 

Arilton está envolvido em suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação.

Segundo o registro, dos 35 acessos, seis ocorreram depois que o MEC comunicou à Controladoria-Geral da União (CGU) um pedido de apuração sobre suspeitas de propina na pasta.

A lista foi divulgada um dia depois de o próprio Palácio do Planalto dizer  que não poderia fornecer as informações por motivos de segurança. 

Ainda hoje, o governo afirmou que a divulgação “é fruto de recente manifestação da Controladoria-Geral da União quanto à necessidade de atender o interesse público”.

Segundo o documento, há registros de 27 acessos do pastor Arilton a locais do Palácio do Planalto em 2019, um em 2020, cinco em 2021 e dois em 2022.

Ele esteve na Casa Civil, na Secretaria de Governo, no gabinete do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e no gabinete responsável pela agenda do presidente Jair Bolsonaro.

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Outros registros 

Na lista também registros de 10 acessos a gabinetes por parte de outro pastor que estaria envolvido no esquema: Gilmar dos Santos.

O então pastor acompanhou Arilton Moura nessas ocasiões.

No dia 27 de agosto de 2021, o MEC solicitou à Controladoria-Geral da União apuração sobre suspeitas de propina na pasta.

Após essa data, Arilton esteve seis vezes no Planalto, todas na Casa Civil. E Gilmar foi três vezes, também à Casa Civil, conforme a relação divulgada pelo GSI.

Os dois são investigados por suposta atuação como lobistas no MEC.

A última visita dos religiosos ao Planalto ocorreu, segundo o GSI, no último dia 16 de fevereiro. 

Reportagens 

Em março, foram publicadas as primeiras reportagens que apontaram supostas irregularidades na pasta, até então chefiada pelo ex-ministro Milton Ribeiro.

Santos e Moura estão no centro das denúncias de irregularidades no Ministério da Educação. 

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