O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, declarou nesta sexta-feira, 29, que “quem está interessado na democracia, não incita desobediência quanto ao resultado das eleições”. 

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A afirmação foi feita pelo ministro durante um evento realizado no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba.

A fala do ministro acontece dois dias após o presidente Jair Bolsonaro fazer ataques às eleições deste ano. 

Durante o evento questionaram o ministro sobre a quem interessaria “inflamar” o pleito eleitoral, e ele respondeu: 

“Pode interessar a quem de fato não esteja interessado na democracia. Quem esteja interessado na democracia, não difunde informação falsa, não incita violência, não incita desobediência quanto ao resultado do escrutínio popular”.

Sem falar o nome de Bolsonaro, Fachin também fez menção a uma fala feita na última quarta-feira, 27, pelo presidente da república, quando ele revelou um pedido das Forças Armadas ao TSE para que militares façam uma apuração paralela de votos.

Sobre o assunto, o presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral tem parceria com os militares e que a instituição está aberta para colaborações, mas “intervenção, jamais”.

Também sem citar Bolsonaro, Fachin respondeu a uma declaração do presidente, que disse que os votos das eleições são apurados em uma “sala secreta” do TSE, na qual “meia dúzia de técnicos dizem ali no final: ‘Olha, quem ganhou foi esse”.

“Não precisa sala alguma para totalizar os votos. Agora a ‘sala’ é bastante clara, porque ela está na internet à disposição de todos”.

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Respeito

No evento do TRE-PR, o ministro Fachin também reforçou a lisura do processo eleitoral, garantindo a eficácia das urnas eletrônicas. Ele pediu, também, respeito a história de quase um século da Justiça Eleitoral.

Em Curitiba, Fachin cumpriu agenda  para participar de um evento de combate à desinformação, junto ao presidente do TRE-PR, desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura.

 

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