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Amazônia tem maior número de incêndios florestais no mês de maio em 18 anos, diz Inpe

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou, nesta quarta-feira, 1º, que a Amazônia brasileira registrou 2.287 focos de incêndios florestais em maio, maior número registrado no mês desde 2004.

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Segundo o Inpe, o número de fontes de calor medido pelos satélites do instituto em maio foi 96% superior ao do mesmo período do ano passado, quando registrou 1.166.

Até então o maior registro para o mês tinha sido há 18 anos, em 2004, quando foram registrados 3.131 incêndios florestais na parte brasileira da maior floresta tropical do mundo.

O Inpe informa ainda que com o salto das queimadas em maio, o número de fontes de calor nos primeiros cinco meses de 2022 subiu para 4.971, o que significa um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2021.
 
De acordo com o instituto, o Cerrado, houve 3.578 incêndios um aumento de 35% em relação a maio de 2021 e o número mais alto para um mês de maio desde que os registros começaram, em junho de 1998.

Ambientalistas dizem desde de o início do governo Bolsonaro o Brasil tem enfrentado um aumento dos incêndios florestais e do desmatamento.

“Estes números não são uma exceção, fazem parte de uma tendência de destruição ambiental nos últimos três anos, que é o resultado de uma política deliberada do governo”, disse o diretor da filial brasileira do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Mauricio Voivodic.

A tendência é que a situação piore nos próximos meses e que o número de incêndios florestais volte a subir após a trégua de 2021, quando o número de chamas caiu 37% em relação a 2020.

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