Em Minas Gerais, uma mãe diz ter perdido a guarda da filha, de 14 anos, após levá-la a um culto de umbanda.
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Liliane Pinheiro, 37, aponta racismo religioso por parte do Conselho Tutelar.
A filha, que possui problemas neurológicos, estaria frequentando o centro de umbanda, religião afro-brasileira, desde o início do ano em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Devido às condições neurológicas, a adolescente teria desmaiado na escola.
Liliane conta ter sido hostilizada pela coordenação do centro de ensino.
“Me disseram ‘olha bem o que você está fazendo com a sua filha’”, lembra.
A direção da escola teria acionado o Conselho Tutelar e, após denúncia ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Liliane perdeu a guarda da filha.
A jovem, que passou as últimas semanas em centro de acolhimento, agora está na casa da irmã mais velha.
O coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), Hélio Silva Jr, acompanha o caso.
Ele afirmou ao Metrópoles que o caso desrespeita a lei, já que não houve esforços para manter a filha com a responsável.
“Uma criança foi colocada em abrigo sem decisão judicial, sem parecer psicológico, sem a escuta da mãe, sem a escuta qualificada da menina, apenas com a especulação do conselheiro tutelar”, observa o especialista.
Para Silva Jr, o caso expõe racismo religioso contra o exercício da religião de matriz africana.
O site Metrópoles tentou contato com o Conselho Tutelar de Ribeirão das Neves por ligação telefônica, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
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