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Justiça Militar arquiva inquérito que investiga morte de jovem de 18 anos após treino do Exército, em MS

A Justiça Militar arquivou o inquérito que investigava a morte do jovem de 18 anos Edilsio Morais da Silva Filho após treinamento no Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva

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O treinamento que o jovem participava foi realizado pelo 9º Batalhão de Engenharia de Combate em Aquidauana (MS), em fevereiro deste ano.

A decisão, assinada pelo juiz federal da Justiça Militar, Jorge Luiz de Oliveira da Silva, aponta que as provas levantadas pelo inquérito não são capazes de culpabilizar e condenar alguém.

“Esses equívocos não são suficientes para atribuir responsabilidade penal a quaisquer dos envolvidos”.

O juiz sugere reflexão às práticas e condutas exigidas pelo Exército. Segundo o magistrado, deve ser avaliado até “que ponto determinadas condutas ou exigências contribuem para a formação do militar”.

O jovem de 18 anos morreu no dia 16 de fevereiro, após uma série de exercícios físicos obrigados pela corporação.

“Não que essas circunstâncias tenham sido imperiosas, segundo as investigações, para o triste deslinde dos fatos; mas, ainda assim, devem ser analisadas e reformuladas”, disse o juiz.

Relembre o caso

Edilsio Morais da Silva Filho, de 18 anos, morreu no dia 16 de fevereiro deste ano, após passar por um treinamento no 9º Batalhão de Engenharia de Combate em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul (MS). O jovem havia entrado para o curso da reserva do Exército no dia 14 do mesmo mês.

O atestado de óbito do jovem informa que ele veio a óbito por rabdomiolise, uma destruição das fibras musculares, hepatite fulminante, arritmia cardíaca e desidratação.

A família diz que a morte de Edilsio foi causada por negligência, por falta de água, da exposição ao sol e das poucas horas de descanso por conta dos treinamentos.

Rotina pesada

 Foto: Reprodução

Por troca de mensagens enviadas a sua mãe, Edilsio relatou a rotina pesada que estava passando no curso. 

“Hoje foi doido. Teve um momento em que deram 30 segundo para ir no alongamento e voltar pra formação. Atrasei e me mandaram fazer uma redação de 50 linhas”.

Na conversa, um dia antes de morrer, ele diz que não conseguiu dormir, pois havia terminado uma redação às 2h20 . E uma hora depois, estava acordado para fazer a faxina no batalhão.

Já no dia seguinte, durante uma sequência de exercícios físicos, ele passou mal e precisou ser levado ao hospital da cidade onde não resistiu e morreu.

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