A vacinação contra o vírus Monkeypox, o causador da doença conhecida popularmente como varíola dos macacos, já ocorre em alguns países do Hemisfério Norte, como Reino Unido e Espanha.

Segundo publicado pela BBC News Brasil, por ora, não existe nenhuma previsão de quando as vacinas contra o Monkeypox ficarão disponíveis no país.

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Conforme a publicação, o Ministério da Saúde diz que “tem articulado com a Organização Pan-Americana de Saúde as tratativas para aquisição da vacina, de forma que o Programa Nacional de Imunizações possa definir a estratégia de vacinação”.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o médico David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento do Estado de São Paulo, estimou que o imunizante deve demorar até nove meses para chegar aos brasileiros.

O especialista também acredita que o decreto de emergência em saúde pública feito pela OMS permitirá o aparecimento de “soluções, inclusive a readequação e a distribuição de vacinas, recursos e a compatibilidade de programas públicos entre os países”.

O Instituto Butantan, também na capital paulista, criou um comitê para estudar a possibilidade de produzir vacinas contra o Monkeypox em território nacional.

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Do ponto de vista técnico, criar imunizantes contra o Monkeypox não é algo tão complexo — a tecnologia que permite manipular vírus vivos atenuados é dominada por muitos laboratórios e farmacêuticas.
“Mesmo assim, o processo não é tão simples assim. É preciso ter fábrica e cumprir uma série de exigências regulatórias para garantir as condições de fabricar as doses”, pontuou a médica Isabella Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“Precisamos ter em mente que, se vier a vacina, ela não será para todo mundo. Precisamos proteger os grupos de maior risco primeiro”, complementou a médica.

Ainda conforme noticiado pela BBC News Brasil, enquanto a vacina não chega, a recomendação dos especialistas é ficar atento aos principais sintomas da doença, como o surgimento de feridas, manchas, irritações, pústulas ou espinhas na pele, especialmente na região dos genitais, do ânus, da face ou dos braços.

Caso esses sinais apareçam, vale procurar um médico para fazer o diagnóstico.

Se os exames confirmarem a presença do Monkeypox, a principal orientação é ficar em isolamento, com o mínimo de contato com outras pessoas, até que as feridas sumam completamente. Isso diminui a circulação do vírus e evita a criação de novas cadeias de transmissão na comunidade.

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