A capital paulista confirmou na noite desta quinta-feira, 28, três casos de varíola dos macacos (monkeypox) em crianças.

Esses são os primeiros casos notificados nesse público no país.

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Segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), todas estão sendo monitoradas e não apresentam sinais de agravamento do quadro.  

O Estado de São Paulo é o que mais registra casos da varíola dos macacos, em todo o país, sendo 744, de acordo dados da Secretaria Estadual da Saúde.

Em todo o Brasil são 978 diagnósticos positivos, colocando o Brasil como o sexto país no mundo com mais casos.

A SMS ressaltou que desde os primeiros alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a doença, instituiu protocolos para toda a rede pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos.

“O órgão está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento”, disse por meio de nota.

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Emergência

No último sábado, 23, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global.

Com a nova realidade internacional, busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa, com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus.

A monkeypox é causada por um por vírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como a cowpox e a varíola humana, erradicada em 1980 com o auxílio da vacinação.

O quadro endêmico no continente africano se deve a duas cepas distintas.

Uma delas, considerada mais perigosa por ter uma taxa de letalidade de até 10%, está presente na região da Bacia do Congo.

A outra, com uma taxa de letalidade de 1% a 3%, encontra-se na África Ocidental e é a que deu origem ao surto atual.

A transmissão no mundo vem ocorrendo de pessoa para pessoa.

A infecção surge a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas do doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele, inclusive sexual.

O tempo de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias.

O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também pode ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

O tratamento se baseia em suporte clínico e medicação para alívio da dor e da febre.

Um antiviral chamado tecovirimat, que bloqueia a disseminação do vírus, já é usado em alguns países, mas ainda não está disponível no Brasil.

A vigilância para a rápida identificação de novos casos e o isolamento dos infectados são fundamentais para se evitar a disseminação da doença.

Pode ser necessário o período de até 40 dias para a retomada das atividades sociais.

Mesmo que o paciente se sinta melhor, deve se manter em isolamento enquanto ainda tiver erupções na pele.

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