Onze mandados de busca e apreensão foram cumprindos na manhã desta sexta-feira, 29, durante a operação “e-Hailing”, em Macapá, no Amapá.

A ação teve como objetivo apurar compras de votos e transporte de eleitores, crimes que teriam sido praticados nas eleições municipais de 2020. 

– Envie esta notícia no seu WhatsApp

– Envie esta notícia no seu Telegram

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. 

Agendes da Polícia Federal (PF) do Amapá cumpridos os mandados em “residências dos investigados” nos bairros Universidade, Beirol, Muca, Buritizal, Jardim Felicidade e Cabralzinho, bem como na sede da prefeitura de Macapá.

Investigação

Segundo a PF, o trabalho policial teve início durante o primeiro turno das eleições municipais de 2020, “quando policiais federais abordaram um indivíduo no dia do pleito, nas proximidades do bairro Zerão, em situação suspeita de compra de votos”.

No veículo do suspeito, os policiais encontraram R$ 1.200 em espécie, além de “santinhos de candidato a prefeito”.

Posteriormente, “fortes indícios de que o indivíduo atuava diretamente em campanha a favor de determinado candidato” foram identificados.

___________________________________

RELACIONADAS

+ No Amapá, PF investiga possível desvio de R$ 1 milhão de cota parlamentar de deputado estadual

+ Dois deputados do Amapá são alvos da PF por ‘rachadinhas’ e superfaturamento de aluguel de prédio

___________________________________

De acordo com os investigadores, o suspeito preso estaria “articulando a logística de compra de votos, tanto com dinheiro, quanto em cestas básicas”.

Os votos eram comprados por valores entre R$ 10 e R$ 30, com um dos operadores do esquema levando os eleitores até as seções, “como maneira de pressioná-los a votar no candidato”.

Servidor público

Foram também constatados indícios de que outro investigado, que seria servidor público, era o responsável financeiro, e que ele teria ordenado “a forma como seria realizado o acerto de abastecimento com os motoristas para o transporte e a compra de votos”.

Além de fazerem transporte ilegal de eleitores, os investigados participavam de um grupo em aplicativo de mensagens que informavam a localização da fiscalização da PF nos bairros, no dia das eleições.

Entre os delitos sob investigação até o momento estão associação criminosa, corrupção eleitoral e transporte ilegal de eleitores. Se somadas, as penas podem chegar a 18 anos de reclusão.

__________________________________

ACESSE TAMBÉM MAIS LIDAS