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Saiba o que é mito ou verdade sobre varíola dos macacos

Nesta sexta-feira, 29, o Brasil registrou a primeira morte pela varíola dos macacos em Minas Gerais. 

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Com sendo uma doença relativamente nova no país, brasileiros ainda têm muitas dúvidas. 

Entre as dúvidas estão: sobre os sintomas, formas de transmissão, riscos para a saúde, disponibilidade de vacinas e maneiras de prevenir o contágio.

Com isso, a CNN Brasil reuniu alguns mitos e verdades para ajudar a esclarecer as principais características do vírus. 

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É mito que a varíola dos macacos seja transmitida da mesma forma que a Covid-19

A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato próximo com lesões na pele, secreções respiratórias ou por objetos pessoais contaminados, como roupas de cama e de banho.

No caso da Covid-19, a transmissão acontece principalmente por três modos: contato, gotículas ou por aerossol.

Mas a OMS informa que a transmissão da varíola por partículas respiratórias por gotículas geralmente requer contato pessoal prolongado.

A transmissão também pode ocorrer através da placenta da mãe para o feto ou durante o contato próximo no momento e após o nascimento.

É mito que a doença afeta apenas gays e bissexuais

O vírus da varíola dos macacos pode afetar qualquer pessoa, de qualquer orientação sexual, independentemente das práticas e dos hábitos sexuais.

É mito que os macacos transmitam a doença no surto atual

A varíola dos macacos é uma doença viral transmitida aos seres humanos a partir de animais, considerada uma zoonose.

O nome da doença tem origem na descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. 

No entanto, o reservatório animal atual permanece desconhecido, embora seja provável que esteja entre os roedores, de acordo com a OMS.

Os macacos não estão associados ao surto atual que atinge múltiplos países.

É mito que todas as pessoas devem ser vacinadas contra a varíola neste momento

A OMS recomenda a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipes de laboratório, especialistas em análises clínicas e aqueles com múltiplos parceiros sexuais.

É verdade que o vírus se espalha por múltiplos países pela primeira vez

Desde o início de maio, casos de varíola dos macacos foram relatados em países onde a doença não é endêmica. 

Além disso, casos continuam sendo reportados em vários países endêmicos da África Ocidental ou Central.

A maioria dos casos confirmados com histórico de viagens relatou passagem por países da Europa e América do Norte.

Esta é a primeira vez que muitos casos e aglomerados de varíola dos macacos foram relatados simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos em áreas geográficas muito díspares.

É verdade que a transmissão sexual está em investigação

O contato físico próximo é um fator de risco conhecido para a transmissão da varíola dos macacos. 

No entanto, segundo a OMS, não está claro agora se o contágio pode acontecer especificamente por meio de vias de transmissão sexual.

A doença também pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas.

É verdade que a maior parte dos sintomas tende a desaparecer espontaneamente

Os cuidados clínicos para a varíola dos macacos são voltados para o alívio dos sintomas, além do gerenciamento de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo.

Neste momento, há um medicamento antiviral chamado tecorivimat aprovado em janeiro pela Agência Europeia de Medicamentos para infecções associadas ao ortopovírus, incluindo a varíola dos macacos. 

É verdade que a varíola dos macacos apresenta baixa letalidade

Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

As infecções humanas com o tipo de vírus da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação com o grupo viral da Bacia do Congo. 

A da África, a taxa de mortalidade é de 3,6% em comparação com 10% para o da Bacia do Congo.

É verdade que as lesões podem se espalhar em diversas partes do corpo

O período de incubação do vírus é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. 

Os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas.

A doença começa, na maior parte dos casos, com uma febre súbita, forte e intensa. 

A manifestação na pele acontece na forma de bolhas ou lesões que podem aparacer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais.

É verdade que o surto atual tem apresentado sintomas novos da doença

A apresentação clínica dos casos de varíola associada a este surto tem sido atípica em comparação com relatos previamente documentados.

Segundo a OMS, muitos casos em áreas recentemente afetadas não estão apresentando o quadro clínico descrito classicamente para varíola (febre, linfonodos inchados, seguido de erupção cutânea).

As características atípicas descritas incluem:

– apenas algumas ou mesmo apenas uma única lesão

– ausência de lesões de pele em alguns casos, com dor anal e sangramento

– lesões na área genital ou do ânus que não se espalham mais

– lesões que aparecem em diferentes estágios de desenvolvimento

– aparecimento de lesões antes do início da febre, mal-estar e outros sintomas

É verdade que a vacina contra a varíola comum oferece proteção contra a varíola dos macacos

A vacinação contra a varíola comum é cerca de 85% eficaz na prevenção da varíola dos macacos, o que indica que a imunização prévia pode resultar em doença mais leve, segundo estudos observacionais.

Porém, a OMS não recomenda a vacinação em massa da população como medida de combate à varíola dos macacos.

É verdade que a doença apresenta mais risco para algumas pessoas

Qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém que tenha sintomas de varíola dos macacos ou com um animal com o vírus corre o maior risco de infecção. 

As pessoas vacinadas contra a varíola apresentam proteção contra a infecção por monkeypox.

Recém-nascidos, crianças e pessoas com deficiências imunológicas podem estar em risco de sintomas mais graves e de morte por varíola dos macacos. 

Os profissionais de saúde também estão em maior risco devido ao aumento da exposição ao vírus.

É verdade que o número de casos existente possa ser maior do que o registrado

A OMS estima que o número real de casos da doença no mundo esteja subestimado, em parte devido à falta de reconhecimento clínico precoce de uma infecção anteriormente conhecida em apenas alguns países.

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