O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma ter certeza de que deve ser alvo de inquéritos que teriam como objetivo levá-lo à prisão caso perca as eleições.

Bolsonaro tem repetido a fala a diversos interlocutores em Brasília, inclusive de seu próprio governo.

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Bolsonaro acretida também que seus filhos podem se tornar alvos mais fáceis de investigadores caso deixe a Presidência da República.

A fala tem sido mais corriqueira após os resultados das pesquisas eleitorais. É o que revela fontes ao jornal Folha de São Paulo.

Presidente cada vez mais inquieto e, de acordo com alguns interlocutores, “transtornado” em alguns momentos.

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Um dos ministros afirma que o presidente diz saber o que vai acontecer com ele em caso de derrota.

“Você acha que eu não sei?”, teria dito o presidente, de acordo com esse auxiliar, sobre uma possível ordem de prisão.

Segundo o mesmo ministro, Bolsonaro afirma que “estão loucos” para que isso aconteça, mas ele saberia contornar a situação por não ser “ingênuo” como seus antecessores —Lula (PT) e Michel Temer (MDB) foram presos depois de deixarem o mandato de presidente.

O petista chegou a ficar 580 dias na prisão. Já o emedebista, conduzido duas vezes às celas, foi solto sempre em menos de dez dias.

Um segundo ministro afirmou à coluna que o mandatário sempre repete que “vão querer montar alguma coisa para me prender”, mas que a investida não terá sucesso, já que ele não teria cometido crime algum.

Responsabilidade penal

A Folha revelou que as eleições presidenciais serão determinantes para o destino jurídico de Bolsonaro.

Caso seja derrotado e deixe a Presidência, ele poderá ser julgado pela Justiça comum, o que eleva as possibilidades de responsabilização penal.

O presidente é alvo de centenas de denúncias, em especial por sua conduta durante a epidemia da Covid-19 e pelos ataques ao sistema eleitoral.

A possibilidade explicaria em parte a intensidade dos ataques de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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