Em dezembro de 2021, o guia do ecoturismo, Israel Mendes, que mora próximo à serra da Aratanha, na periferia de Fortaleza, foi contatado pelo Instituto Pró-Silvestre que estava doando um urubu órfão encontrado em uma lixeira.

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Graças ao encontro com um filhote de urubu órfão, o sonho de Israel em criar um animal silvestre se tornaria realidade.

Segundo a ONG, o abandono do animal significava que ele morreria se fosse deixado por conta própria.

Ele precisava urgentemente de um cuidador humano.

Mendes, que mora perto de uma reserva natural nas montanhas, resolveu adotar o pássaro. 

“A primeira vez que o vi, ele parecia em um estado tão ruim que pensei que ele não sobreviveria”, disse Mendes, de 35 anos, à BBC.

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Ao adotar o animal, Israel teve que entrar em um processo legal e de fiscalização das autoridades ambientais brasileiras.

Sete meses depois, homem e pássaro voaram juntos várias vezes, resultado de uma incrível história de ligação humano-animal.

Mendes fez mais do que só alimentar e cuidar da ave, que ele chamou de Urú. Ele ensinou o animal a voar.
 
“Embora voar seja instintivo para eles, os pássaros precisam de incentivo para decolar”, explica Mendes.

Com isso, o Urú precisou confiar em seu tutor humano, que o levou a um ponto mais alto e o encorajou a alçar voo.

Após quatro meses, chegou a hora de um teste mais longo e mais alto.

Quando voava a 400 metros de altitude, Mendes abriu a porta do cesto, e Urú saiu voando por conta própria.

Ataque e superação 
 
Depois de alguns minutos, o Urú decolou, mas foi imediatamente atacado por abutres adultos próximos.

“Eles assustaram o Urú e ele desapareceu por quatro dias. Fiquei arrasado e muito preocupado com ele”, diz Mendes.

Para rastrear o pássaro, ele recorreu às redes sociais.

Ele conseguiu encontrar Urú depois que membros de uma tribo indígena local postaram no WhatsApp sobre um “urubu curioso” perto deles.

“Foi um alívio encontrar o Urú. Quando o peguei, ele beliscou meu braço com o bico”, lembra Mendes.

“Eu ainda não entendi se ele estava com fome ou só com raiva de mim.”

Hoje em dia Urú não se perde mais. Na verdade, o urubu é às vezes carente demais.

Mendes diz que o Urú costuma segui-lo “como um cachorro” quando vai trabalhar ou encontrar amigos, obrigando-o a recorrer a truques.

Mas o novo “pai” do urubu não parece se importar. Mendes chama Urú de “filho”, inclusive na conta que criou para a ave no Instagram, que tem mais de 23 mil seguidores.

“O Urú não é meu animal de estimação. Ele é meu filho.”

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Uru Fly Pacaroots (@uru_fly)

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