A pesca do surubim ou pintado será proibida em todo o país a partir de 5 de dezembro deste ano.

A espécie Pseudoplatystoma corruscans foi incluída pelo Ministério do Meio Ambiente na Lista Oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção, na categoria Vulnerável.

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O documento atualizado foi publicado em 8 de junho deste ano, mas novos prazos de proibições de captura foram definidos pela pasta.  

Segundo a analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carla Polaz, o peixe foi incluído na lista de espécies ameaçadas porque suas populações foram reduzidas em até 30% no país.

“Por ser um peixe migrador, foram os barramentos que interrompem as suas rotas migratórias a principal causa de redução”, disse.

A proliferação de híbridos e a sobrepesca em algumas localidades também prejudicaram a espécie, segundo Carla.

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Características 

O surubim ou pintado é um peixe de couro de grande porte que pode medir até 1,5 metro e pesar até 50 quilos.

A espécie é encontrada na bacia do Rio São Francisco e na bacia do Rio da Prata, que engloba vários países (Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e parte da Bolívia).

Ele é um peixe de importância pesqueira, principalmente no Pantanal, e muito apreciado na pesca esportiva.

Para outras espécies conhecidas como pintados e surubins (Pseudoplatystoma punctifer e Pseudoplatystoma tigrinum) não houve proibição de pesca, devendo ser respeitadas apenas as legislações vigentes quanto ao defeso e ao tamanho mínimo de captura.

Ameaçados de extinção

Conforme informações do ICMBio, 219 espécies entraram como ameaçadas na última atualização da lista de animais em perigo de extinção.

E outras 220 espécies tiveram melhora, indo para categorias de menor risco do que estavam em 2014, incluindo 144 que saíram da lista.

Segundo o ICMBio, o Brasil possui aproximadamente 20% das espécies existentes no mundo, o que faz da Lista Oficial brasileira um dos maiores esforços em avaliação da biodiversidade empreendidos em nível global.

Para a lista da fauna e da flora, as proibições entraram em vigor nesta terça (6) e para as espécies de peixes e invertebrados aquáticos, elas começam a valer em 5 de dezembro. 

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