Depois de enterrar a filha Sofia Loren na quarta-feira (19), a mãe da menina morta em naufrágio no Pará desabafou: ‘Peço justiça pela minha Sofia’.
A criança, de 4 anos, é a 23ª vítima do naufrágio da lancha Dona Lourdes II, que saiu do Marajó para Belém, mas acabou naufragando.
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Ela estava desaparecida há 40 dias. O corpo dela foi encontrado no início do mês em uma praia de Abaetetuba, a cerca de 50 km do local do naufrágio.
Após exame de DNA, foi constadado que o corpo era da criança.
O apelo da mãe por justiça é também marcado por cobrança dos moradores da região, que querem mais segurança no transporte do Marajó para Belém.
“Legalização das lanchas que estão fazendo o transporte. A retirada definitiva daquelas empresas que a gente considera culpadas por esse caos no transporte fluvial, das gratuidades das lanchas, porque elas são poucas e não atendem aquele pessoal que tem que levar a família para atendimento”, disse ao G1 Ettiene Angelim, representante da Comissão de moradores do Marajó.
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Naufrágio com Sofia e inquérito
Segundo o Corpo de Bombeiros do Pará, o naufrágio ocorreu no dia 8 de setembro, próximo à praia da Saudade na Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30.
O trajeto do barco seguia do porto de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém.
A embarcação viajava com 88 pessoas a bordo.
O inquérito que investiga o naufrágio da lancha Dona Lourdes II foi concluído pela Polícia Civil do Pará (PC-PA) no dia 30 de setembro.
O documento foi enviado ao Poder Judiciário, e os autos remetidos ao Ministério Público, na expectativa de que seja oferecida denúncia contra o comandante da embarcação, Marcos de Souza Oliveira, de 34 anos. Ele está preso e foi indiciado pela polícia por homicídio com dolo eventual.