O Brasil chegou a 987 mortes por dengue em 2022, segundo boletim divulgado na última segunda-feira (26) pelo Ministério da Saúde.
O número é o novo recorde anual de óbitos pela doença, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015.
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Mortes no Brasil
Desde a década de 1980, quando a dengue ressurgiu no País, não se registraram tantas mortes em um único ano.
Como o levantamento considerou os casos registrados até dia 17 de dezembro e ainda há 100 óbitos em investigação.
O País ainda pode fechar o ano de 2022 com mais de mil mortes por dengue.
As mortes este ano já superam em mais de 400% as registradas em todo o ano de 2021, quando houve 244 óbitos.
O Estado de São Paulo se mantém à frente em número de mortes, com 278 óbitos registrados, seguido por Goiás, com 154.
Em uma evidência de que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está se adaptando aos climas mais frios, os Estados da Região Sul aparecem na sequência, completando a lista dos cinco com maior número de mortes:
- Paraná (108);
- Santa Catarina (88);
- E Rio Grande do Sul (66).
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Mais casos
O número de casos prováveis de dengue chegou a 1.414.797, com taxa de incidência de 663,2 por 100 mil habitantes.
Houve aumento de 163,8% em relação aos casos do mesmo período de 2021. A região Centro-Oeste teve a maior incidência até agora, com 2 028,4 por 100 mil habitantes.
O município brasileiro com mais registros é Araraquara, no interior de São Paulo, com 8.716,1 casos por 100 mil moradores.
Já em número absoluto, Brasília lidera com 68.654.
Chikungunya
Também houve aumento de casos e mortes por chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito.
Até 17 de dezembro, foram confirmados 93 óbitos por chikungunya no Brasil, quase sete vezes mais que as 14 mortes de todo ano de 2021.
O País já registrou 172.082 casos prováveis, 78% a mais do que no mesmo período de 2021.
O Ministério da Saúde informou que monitora de forma constante a situação epidemiológica da dengue e das demais arboviroses no Brasil.
A pasta destacou que investe em ações de combate ao mosquito de forma permanente, como a promoção de campanhas que ajudam a orientar a população sobre a prevenção da doença, distribuição de inseticidas e larvicidas aos Estados e municípios, bem como a realização periódica de reuniões com gestores para avaliação do cenário nacional e estratégias de combate.