Andres Eduardo Oñate Carrillo, médico anestesista colombiano, confessou os crimes dos quais foi preso nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro.
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Carrillo foi preso por estupro de vulnerável e armazenamento e compartilhamento de imagens de abusos contra crianças e adolescentes.
Ele prestou depoimento na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, responsável pela investigação. Segundo a Polícia Civil, ele afirmou ainda que não sabia de onde vinha a compulsão que ele nutria pelos crimes.
O anestesista foi levado para um presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde vai aguardar a audiência de custódia.
Ele foi preso na casa onde mora com a esposa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do RJ.
Segundo a Polícia, a mulher dele, que também é médica, custou a acreditar que o marido estava cometendo os crimes.
Andres costumava fazer publicações românticas para a mulher nas redes sociais, inclusive com pedido de casamento feito na Torre Eiffel, em Paris, na França.
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Anestesista filmou os abusos
O médico é suspeito de ter cometido ao menos dois estupros de mulheres que tinham sido sedadas por ele durante cirurgias em hospitais das redes pública e particular, em 2020 e 2021.
Carrillo chegou a filmar os abusos, sendo um deles cometido contra uma idosa. As duas pacientes já foram ouvidas pela Polícia Civil e afirmaram não lembrar de nada, já que estavam desacordadas.
A polícia encontrou mais de 20 mil cenas de abuso contra crianças e adolescentes, cometidos por outras pessoas, mas armazenadas em aparelhos do anestesista.
Foram essas imagens que levantaram as suspeitas. A polícia começou a investigar e descobriu que ele também praticava os estupros. A Polícia investiga se ele vendia essas imagens.
As investigações tiveram início em dezembro de 2022, a partir do compartilhamento de informações pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal.
Agora a polícia vai levantar todas as unidades nas quais o médico trabalha e tentar encontrar novas possíveis vítimas.
O Conselho Regional de Medicina (Cremers) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) informaram que não foram notificados da decisão judicial.
Porém, afirmaram que abriram uma sindicância para apurar o caso, levando à suspensão do homem.
Veja vídeo do SBT News: