A aposentadoria é esperada por muitos trabalhadores. O valor que irão receber também é uma das grandes preocupações daqueles que querem receber o benefício.
Confira dicas de Wilton Machado, advogado especialista em direito previdenciário e cofundador do escritório Demetro & Machado Advocaci, que podem ajudar a aumentar o valor da sua aposentadoria.
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Trabalho é insalubre ou perigoso?
Profissões consideradas arriscadas têm algumas vantagens ao se aposentar.
Esses trabalhadores podem pedir aposentadoria especial após 25 anos. Outra vantagem é que eles recebem a média dos 80% maiores salários.
Metalúrgicos, médicos, enfermeiros, frentistas, vigilantes e químicos são alguns exemplos.
A regra vale apenas para quem atingiu 25 anos de trabalho até 13 de novembro de 2019.
Aqueles que exercem profissões de risco e completaram 25 anos de trabalho após 13/11/2019 poderão se aposentar em uma destas duas formas:
- 25 anos de trabalho em atividade considerada especial e mais 60 anos de idade (independentemente do sexo) equivalem a 86 pontos, que é a soma entre a idade, tempo especial e tempo comum (em atividades que não havia insalubridade ou periculosidade).
Você tem dois empregos?
Há pessoas que trabalham em dois lugares, como professores ou médicos.
Por isso, é importante gerar a contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de cada emprego.
Os salários das atividades são somados, para que a pessoa receba um melhor valor de aposentadoria.
Quem trabalha em mais de um emprego também pode estar contribuindo acima do teto de benefícios do INSS que atualmente é de R$ 7.087,22.
Nesse caso, é possível pedir a restituição da contribuição paga a mais para o INSS.
Mais de uma atividade?
Muitas pessoas exerceram diferentes atividades ao longo da vida.
Cada uma das atividades exercidas deve ser somada ao tempo de contribuição.
Dependendo da trajetória do profissional, é possível aumentar o valor da aposentadoria.
É indicado buscar auxílio especializado para avaliar se é possível obter alguma vantagem ao se aposentar.
Trabalho informal
Mesmo sem carteira assinada é possível somar anos de contribuição se o trabalho for comprovado.
Isso pode ser feito por meio da apresentação de documentos como:
- Notas fiscais emitidas;
- Imposto de Renda;
- Notas de prestação de serviço;
- Extratos bancários que comprovem movimentação financeira ou exercício de uma atividade profissional. Dessa maneira, é possível pedir o reconhecimento do período como tempo de contribuição.
Também será necessário efetuar os pagamentos que deveriam ter sido feitos à época, pagando de forma retroativa as contribuições que não foram pagas.
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Descarte os piores salários
O trabalhador pode descartar as menores contribuições ao INSS para receber uma aposentadoria maior.
Procure um advogado especialista para saber os melhores períodos de descarte.
O descarte é indicado para quem recebeu salários baixos por um período.
São necessários anos de contribuição sobrando para cortar algum período e não atrasar o início de sua aposentadoria.
Recorra a um processo trabalhista (se necessário)
A medida pode ser útil quando a pessoa trabalhou por um período sem carteira assinada.
Se tiver sucesso com o processo, o trabalhador terá reconhecido o vínculo de trabalho.
Com isso, será possível fazer os pagamentos devidos. Pode acontecer também de o ex-empregador ser obrigado a pagar os meses faltantes do INSS.
Isso pode ajudar a conseguir um aumento no valor da aposentadoria.