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Yanomami: MPF abre procedimento para apurar adoções de crianças indígenas

Para procurador de Roraíma, tragédia Yanomami foi omissão do governo - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Para procurador de Roraíma, tragédia Yanomami foi omissão do governo - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Denúncias de abrigamento e adoção irregular de crianças Yanomami serão apuradas pelo Ministério Público Federal (MPF), após a instauração de uma notícia de fato.

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O procedimento foi aberto após denúncia feita pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), em meio à crise humanitária que atinge o território Yanomami.

No último dia 30 de janeiro, o CIR alegou que recebeu relatos de que crianças que chegam a Boa Vista em fluxos pendulares estariam sendo encaminhadas para adoção, com os pais sendo destituídos do poder familiar.

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Crianças Yanomami em abrigos

O procurador da República Alisson Marugal pediu informações a Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social de Roraima e para a Secretaria Municipal de Gestão Social de Boa Vista sobre a quantidade de crianças Yanomami que estão acolhidas em abrigos.

As 1ª e 2ª Varas da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Roraima também foram oficiadas a fornecer informações sobre crianças submetidas a processo de adoção nos últimos cinco anos.

Além disso, foi solicitada a quantidade de crianças Yanomami que estão atualmente em processo de adoção.

O ofício foi entregue em 10 de fevereiro e os órgãos públicos têm até o dia 2 de março para responder aos questionamentos.

No documento, o MPF ressalta que o caso não tem estreita correlação com as atribuições da Procuradoria.

Porém, é preciso esclarecer a situação das adoções para proteger os povos e as comunidades indígenas.

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