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CNJ afasta Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato, para investigar condução de processos no RJ

CNJ instaurou um Processo Administrativo Disciplinar - Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

CNJ instaurou um Processo Administrativo Disciplinar - Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

Em decisão unânime desta terça-feira (28), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz federal Marcelo Bretas, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).

O objetivo é investigar supostas irregularidades na condução de processos no Rio de Janeiro.

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Com abertura de processo, Bretas foi afastado do cargo até o fim das investigações.

Para o afastamento, o Plenário por 12 votos a 3, vencendo os conselheiros João Paulo Shoucair, Salise Sanchotene e Giovanni Olsson, que votaram pela continuidade do magistrado no cargo.

Marcelo Bretas esteve a frente da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Em nota divulgada após a decisão do CNJ, o juiz afirmou que “sempre atuou na forma da lei para a realização da Justiça. E que não pode comentar a decisão do CNJ, pois a ela não teve acesso, uma vez que foi tomada em sessão sigilosa”.

A decisão foi referente a três reclamações disciplinares e uma Correição Ordinária:

Os quatro documento tramitaram em sigilo. A decisão foi proclamada durante a 2ª Sessão Ordinária do CNJ em 2023, realizada nesta terça.

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Tramitação no CNJ

Com o processo administrativo aberto, o CNJ vai designar um conselheiro para ser o relator sobre investigação de conduta de Bretas.

O futuro relator será  responsável por ouvir o investigado e as testemunhas, apresentando, ao final, um voto no plenário do CNJ.

Dependendo do voto do relator, e se ele foi acompanhado pelos demais conselheiros, Bretas pode até ser punido com a aposentadoria compulsória (quando ele sai do cargo, mas mantém o salário).

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