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Após confronto com fazendeiros, integrantes do MST desocupam fazenda na BA

Após confronto com fazendeiros, integrantes do MST desocupam fazenda na BH

Fazendas da empresa Suzano Papel e Celulose S/A que foram ocupadas por 1.500 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - Foto: Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Um grupo de fazendeiros e empregados de fazendas “invadiram” um acampamento montado na Bahia.

A ação ocorreu em uma área invadida pelo Movimento dos Sem Terra (MST) para exigir a saída dos invasores, na tarde da última sexta-feira (3), em Jacobina, interior da Bahia.

Houve ameaça de confronto, evitado com a chegada da Polícia Militar.

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Em menor número, os sem-terra saíram do local, mas acamparam em outro ponto da propriedade.

Fazendeiros x MST

A Fazenda Limoeiro é uma das quatro propriedades rurais invadidas na segunda-feira (27), pelo MST.

Na primeira onda de ocupações coordenada pelo movimento durante o novo governo do presidente Lula.

As outras três, no sul do Estado, pertencem à empresa Suzano e duas delas já tiveram liminares de reintegração de posse concedidas pela Justiça.

A família Pires, proprietária da Limoeiro, também entrou com ação de reintegração, mas ainda não houve decisão judicial.

Os proprietários e empregados de fazendas se organizaram em sindicatos rurais da região e se dirigiram à fazenda invadida em um comboio de carros e caminhonetes.

Até um ônibus foi mobilizado para o transporte.

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Conflito de terra

Com o carro de som, os ruralistas pediram que os sem-terra deixassem a área para evitar um conflito.

A PM enviou várias viaturas para o local. Os policiais formaram uma barreira entre os manifestantes e os sem-terra.

Parte dos produtores mobilizados na manifestação decidiram permanecer acampados na fazenda. Viaturas da PM também permanecem no local.

De acordo com o dirigente nacional do MST no Estado, Evanildo Costa, para evitar conflito, os sem-terras retiraram os barracos e deixaram o local, mas acamparam em outro ponto da fazenda.

Ele disse que o clima continuava tenso na região. O MST alega que a fazenda é improdutiva.

Neto dos proprietários, Felipe Pires disse que a propriedade dos seus avós tem forte tradição em pecuária.

Na quarta-feira (1º), a Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) enviou ofício ao secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, pedindo providências com relação à invasão da Limoeiro.

Na sexta, a federação informou que a intervenção dos produtores rurais em defesa da Fazenda Limoeiro foi pacífica,

Há um clima de desconfiança do setor sobre a garantia de segurança jurídica no campo.

As invasões, com dois meses de governo, contrariam o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha.

O petista chegou a dizer que o MST não ocupava propriedades produtivas, como são as áreas da Suzano.

Lula acena ao agro

O presidente Lula visitou também na sexta, Rondonópolis, no Mato Grosso do Sul.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro também esteve presente na cidade, que é uma das maiores processadoras de soja do país.

A ação foi vista pela liderança do agronegócio mato-grossense como um sinal de paz.

Petista participou de encontro com presidentes das principais associações do setor.

A conversa foi vista como amistosa e objetiva.

O petista indicou ainda convocar reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Agricultura para viabilizar as promessas.

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