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‘Mais Médicos’ cria incentivo financeiro para manter profissionais em áreas

Comissão Mista da MP Mais Médicos vai se reunir nesta terça-feira (9)

Paralisação caminha para o 6º dia - Foto: Wikimedia

Com enfoque nas áreas de baixa adesão, o programa ‘Mais Médicos’ anuncia novos incentivos para atrair profissionais para ocupação.

O projeto, relançado no dia 20 de março, foi criado em 2013 para atender comunidades com escassez ou ausência de médicos.

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Em 2023, conforme o governo, a iniciativa visa ampliar o acesso ao atendimento médico no país nas áreas de foco.

Na última quarta-feira (29), foi anunciado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que o programa ofertará seis mil vagas.

Para incentivar a permanência dos profissionais nas áreas de foco, o governo pagará um incentivo de fixação, que pode chegar a R$ 120 mil.

O fomento do ‘Mais Médicos’ estará disponível para os profissionais que ficarem por quatro anos em áreas vulneráveis.

O Agência Brasil reuniu a avaliação de médicos em relação à reconstrução e o relançamento do programa ‘Mais Médico’.

Análise do ‘Mais Médicos’

O médico Deivisson Vianna, um dos vice-presidentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), comentou sobre a iniciativa.

Segundo o especialista o programa é uma forma, similar em outros países, de atender áreas mais afastadas, afim de garantir saúde.

O médico usou como exemplo países como Canadá e Inglaterra, que possuem esquema de incentivo para médicos estrangeiros.

O programa foi criado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff – Foto: Divulgação/Governo Federal

Uma questão difundida em torno do ‘Mais Médicos’ é a formação no exterior, com demandas de profissionais para que haja revalidação de diploma no Brasil.

O argumento utilizado é que os profissionais do exterior necessitam passar por uma comprovação de suas competências para exercer a atividade no país.

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Em resposta à demanda, Professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Fernando Aith, destaca contradição na exigência.

Conforme Fernando Aith, os profissionais no ‘Mais Médicos’ com diploma de outros países recebem uma certificação para atuar no programa.

Essa certificação, segundo o professor, será um registro do Ministério da Saúde, onde testará proficiência básica dos profissionais.

“O médico que se forma no país não precisa de nenhum tipo de prova para começar a exercer sua profissão e a gente sabe que existem muitas universidades com qualidades duvidosas no país”, declara ao Agência Brasil.

Novo formato do ‘Mais Médicos’

No novo formato, os profissionais formados no exterior – inclusive brasileiros – receberam desconto de 50% na taxa de inscrição para o teste de revalidação do diploma.

Conforme o edital, estão aptos para participação do programa os médicos brasileiros, formados no exterior, e intercambistas.

Programa do Ministério da Saúde prevê incentivo de R$ 120 mil – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No processo de seleção, os médicos com nacionalidade brasileira tem prioridade.

Nessa edição do ‘Mais Médicos’ o tempo de participação do profissional passa a ser de quatro anos.

O programa ofertará bolsa avaliada em R$ 12,8 mil, além do benefício do auxílio-moradia.

*Sob supervisão de John Britto

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