Nesta segunda-feira (3), a corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo afastou o juiz filmado agredindo e humilhando a companheira.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A decisão, provisória, foi tomada pelo corregedor-geral, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia e será submetida ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça em 12 de abril.

O juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos (Grande São Paulo), é quem aparece em vídeos agredindo e humilhando a mulher.

“O corregedor-geral da Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, no Procedimento Administrativo Disciplinar aberto pela Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo, acaba de determinar o afastamento cautelar da jurisdição do magistrado Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível da Comarca de Guarulhos, ad referendum do Colendo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, que se reunirá no próximo dia 12 (quarta-feira)”, informou o TJ em nota.

RELACIONADAS

+ AM registra prisão de 98 suspeitos de violência contra mulher

+ Em 23 dias, 4 mil são presos por violência contra mulher no Brasil

+ OAB lança manual sobre violência contra mulher neste sábado, no AM

Apuração sobre juiz filmado

A apuração preliminar foi aberta em 28 de março e a informação foi divulgada na noite de sexta-feira (31) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Os vídeos mostram as agressões, ocorridas na casa em que o casal morava, em Caraguatatuba, no Litoral Norte de SP, segundo revelou o G1.

A mulher o acusa de violência física, sexual e psicológica.

Além do TJ, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu apuração sobre a conduta do juiz.

A Corregedoria do órgão abriu reclamação disciplinar contra o juiz e iria avaliar o afastamento dele do cargo.

Além disso, deu cinco dias para que Maurici Júnior se manifeste.

O magistrado trabalha na 5ª Vara Cível de Guarulhos, na Grande São Paulo e, segundo informações divulgadas pelo CNJ, está em licença médica.

O TJ informou, sem dar detalhes, que ele não está trabalhando.

Em um dos vídeos, o juiz dá um tapa na cabeça da esposa; em outro, ele dá empurrões, chute e a xinga, e ela cai no chão; ambos foram gravados com um celular dela.

Segundo ela, as agressões foram gravadas em outubro de 2022.

Em um terceiro vídeo, de abril de 2022, aparentemente gravado pelo próprio juiz, ele a submete a uma relação sexual.

Segundo ela, não consentida por não ter tido opção de escolha.