A passista da Acadêmicos do Grande Rio teve seu braço esquerdo amputado após internação para retirar de mioma no útero, em fevereiro deste ano.

Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, que também é trancista, conta se lembrar de acordar em outro hospital e já sem o braço.

Nesta semana, a família da paciente disse que, até então, nenhuma autoridade explicou o caso de Alessandra, apenas disse correr risco de necrose.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Secretaria Estadual de Saúde investigam o caso que acontece há dois meses e meio.

Passista e a cirurgia

Alessandra começou a sentir dores, então, os médicos recomendaram a retirada do mioma quanto antes, em agosto do ano passado.

Em fevereiro deste ano, durante a operação na Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, os profissionais detectaram uma hemorragia e falaram a sua família sobre, também, a retirada do útero (histerectomia total).

Ainda em fevereiro, ao visitarem a moça, parentes viram que os dedos da mão esquerda estavam escurecidas no hospital público

A trancista, então, foi transferida, para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Ieac), onde passaria por uma drenagem pelo risco da necrose.

O hospital alegou fracasso no procedimento e informaram a amputação do braço, no dia 10 do mesmo mês. A família autorizou a ação.

Após receber alta, Alessandra retornou ao instituto. O médico a examinou e demonstrou preocupação com os pontos do braço e barriga, por isso, a orientou retornar ao Hospital da Mulher.

Após ser recusada por vários hospitais, a passista foi novamente internada, em 4 de março. No início deste mês de abril, ela recebeu alta.

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Situação atual da passista

Atualmente, Alessandra recebe ajuda dos amigos para tratamento de fisioterapia e medicamentos.

A família registrou Boletim de Ocorrência na delegacia sobre o caso.

Segundo a advogada da passista, Bianca Kald, ela requereu os prontuários da unidade hospitalar para entrar com uma ação contra o Estado.

Posicionamentos

Segundo a secretaria de saúde local, será aberto uma sindicância para apurar o que aconteceu na unidade hospitalar na qual foi internada.

O caso foi registrado na 64º DIP, na cidade carioca. Os policiais pediram o laudo médico de atendimento na unidade para análise.