A paralisação nacional dos motoristas de aplicativos de transporte convocada para esta segunda-feira (15), pegou de surpresa alguns usuários de serviços como Uber e 99.
Nas redes sociais, consumidores relatam que foram surpreendidos com os preços mais altos para as viagens ao tentar solicitar o transporte.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Mas não há uma queixa generalizada: apesar de alguns relatos, a adesão ao movimento foi abaixo do esperado e o serviço em diversas cidades do País segue operando normalmente.
A paralisação foi organizada por entidades como a Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp).
Conforme divulgado, por 24 horas, os trabalhadores devem protestar contra a defasagem dos repasses do valor da corrida pelas empresas.
Uma das demandas dos motoristas é que as empresas estipulem um valor mínimo de corrida para R$ 10.
A expectativa era de que a adesão chegasse a 70% da classe em todo o País.
Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp, informou que, até o momento, as empresas de transporte por aplicativo não se manifestaram sobre as demandas dos motoristas.
O representante diz ser difícil cravar números sobre a adesão ao movimento, mas diz que as corridas a preços dinâmicos teriam disparado na cidade de São Paulo, o que demonstraria uma boa adesão por parte dos trabalhadores.
“Juntando todos os relatos, eu creio que a paralisação está dando muito certo, mesmo com alguns motoristas trabalhando”, diz.
Um levantamento da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) aponta que o País tem pelo menos 1,66 milhão de brasileiros trabalham, atualmente, como entregadores ou motoristas de aplicativos no Brasil.
Em nota, a Amobitec declarou que “respeita o direito de manifestação” dos motoristas.
“As empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”, afirmou a entidade.
RELACIONADAS
+ Rodoviários ameaçam entrar em greve em Manaus; IMMU deve mediar
+ Professores da rede pública fazem protesto e ameaçam greve em Manaus
O que a categoria exige?
- Aumento no repasse recebido das empresas, que já cobram mais do público;
- Cobrança de valor adicional para cada parada solicitada pelo passageiro durante uma corrida;
- Seguro de vida;
- Seguro de saúde.
A uber e 99 estão em greve?
É importante ressaltar que a greve dos motoristas de aplicativo é uma iniciativa independente da categoria, que não conta com financiamento das plataformas dos serviços.
Por isso, a Uber e 99 não estão em greve.