George Washington, preso por atentado terrorista em Brasília, enviava mensagens ao Exército para contribuir em possível golpe militar.
O empresário comunicava ao Exército brasileiro que poderia contribuir com arsenal: “Tem muito fuzil à disposição”, sinalizava.
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As mensagens foram enviadas pelo empresário no dia 11 de dezembro, às vésperas da invasão bolsonarista à sede da Polícia Federal.
O empresário George Washington ainda enviou mensagens à deputados e à Polícia Federal, onde solicitava “treinamento militar intensivo”.
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Prisão de George Washington
Condenado pela Justiça do Distrito Federal, George Washington responde por instalar uma bomba em Aeroporto de Brasília.
O empresário foi sentenciado a mais de 9 anos de prisão por planejar explodir o artefato, que estava acoplado em caminhão.
George Washington chegou a comparecer na CPI do 8 de Janeiro, mas manteve-se calado durante o interrogatório.
Segundo a defesa, o empresário não responderia perguntas relacionadas ao atentado do dia 8 de janeiro.
“Já fui condenado. Estou preso e meu caso não tem nada a ver com esse do dia 8 (de janeiro). Não tem nada a ver um coisa com a outra”, comentou, na época.
Mensagens com Exército
As mensagens, apresentadas pelo Metrópoles neste sábado (24), mostram as intenções do empresário George Washington.
O acusado de terrorismo enviava mensagens a deputados, senadores, bem como ao Exército e à Polícia Federal.
Na maioria das mensagens o empresário solicitava a convocação de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).
George Washington desejava que os CACs fossem treinados para o possível golpe.
Além disso, o empresário mostrava-se à disposição para fornecer armamento: “Tem muito fuzil à disposição, será uma honra servir a pátria.”
Pronunciamento
Em resposta ao Metrópoles, o Exército brasileiro declarou em nota que recebe muitas interações diárias e que não foi possível identificar a mensagem citada.
Por fim, declararam-se abertos as demandas dos órgãos de segurança pública e das demais autoridades competentes.