Há seis dias, a força de elite da Polícia Militar (PM) de São Paulo iniciou a operação Escudo, na Baixada Santista, após a morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis.

Até o momento foram registradas 84 prisões e 16 mortes, conforme informações das autoridades de segurança.

Moradores de bairros onde ocorreu o massacre, no Guarujá, denunciaram que policiais executaram pessoas aleatoriamente, identificadas como egressas do sistema prisional ou com passagem pela polícia.

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Relatos sobre operação Escudo

Os relatos sobre a operação Escudo ocorreram na quarta-feira (2), sendo registrados pela comissão formada por deputados de São Paulo.

A comitiva parlamentar é composta por Eduardo Suplicy (PT), Paulo Batista dos Reis (PT), Mônica Seixas (PSOL), Ediane Maria e Paula Nunes (PSOL).

Segundo a deputada Mônica Seixas (PSOL), houve “abordagens sistemáticas, contínuas, de pessoas dentro de casa, na rua, [de] policiais entrando na casa das pessoas sem mandado judicial”. 

A deputada comenta que os relatos dos moradores foram de que pessoas com passagem pela polícia foram executadas na operação Escudo.

“Um pai com um filho no colo foi executado. Jovens foram espancados. Alguns foram colocados na viatura e levados para serem mortos em outras comunidades”, disse Mônica, de acordo com a Agência Brasil.

Entre as mortes identificadas estão um garçom, um homem, considerado indigente, e um ajudante de pedreiro, que também teve o cachorro morto a tiros. 

Segundo nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), todas as mortes foram decorrentes de combates de trocas de tiros. 

Ainda de acordo com informações da pasta, todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), de Santos e pela Polícia Militar.

A operação segue ativa na Baixada Santista.

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