O historiador e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) José Murilo de Carvalho morreu, aos 83 anos, na madrugada deste domingo (13).

O intelectual estava internado com Covid-19.

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Academia e José Murilo

José Murilo foi o 2º melhor colocado entre os aceitos no curso de Sociologia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se formou. Antes, ele foi reprovado no curso de Economia.

Após a formação e jornada acadêmica, o historiador gEle anhou o título de mestre em Ciência Política pela Universidade de Stanford (EUA), onde defendeu tese sobre o Império Brasileiro.

Ele também foi professor e pesquisador visitante em universidades de vários países, como Oxford (Reino Unido), Leiden (Holanda), Stanford (EUA), Notre Dame (França) e na Fundação Ortega y Gasset (Espanha).

Murilo ainda atuou como professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em 2004, o historiador foi eleito imortal da ABL e sucedeu a escritora cearense Rachel de Queiroz e ocupava a cadeira nº 5.

Autor de 19 livros, entre suas obras mais famosas estão A cidadania no Brasil e Os bestializados.

Infância e ditadura

Nascido em Andrelândia (MG), a cerca de 150 quilômetros de Juiz de Fora, José Murilo de Carvalho era de uma família de dez irmãos e cresceu em uma fazenda em que não havia luz nem água encanada.

Foi alfabetizado pelo pai, que era dentista, e depois estudou em no seminário.

Ele estava na graduação, em Belo Horizonte, quando o Brasil sofreu o golpe militar de 1964.

Quando já dá aulas nas pós, Carvalho enfrentou os efeitos do Ato Institucional nº 5 (1968), em um cenário de cassação e prisão de professores e alunos.

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