A ONU condenou neste sábado (19), o assassinato de Maria Bernadete Pacífico, líder quilombola, no Quilombo Pitanga dos Palmares.

O órgão convocou o Brasil para realizar uma investigação imparcial sobre o homicídio e realizar uma investigação “célere, imparcial e transparente” sobre o homicídio.

Mãe Bernadete era coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e ex-secretária de Igualdade Racial.

Ela foi morta a tiros na noite da última quinta-feira (19), em sua casa enquanto assistia TV com os netos.

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A ONU enfatizou seu engajamento na busca por justiça pela morte e sua luta contra a violência enfrentada pelas comunidades quilombolas.

O organismo pediu proteção às lideranças dos direitos humanos e instou o Estado a cumprir o dever de proteger a vida, integridade e territórios dos povos.

“A ONU Direitos Humanos manifesta sua solidariedade com a família e a comunidade dessa reconhecida mulher negra, quilombola, representante de uma religião de matriz africana e defensora do seu território”, diz o comunicado.

Jan Jarab, representante da ONU na América do Sul, repudiou o crime e destacou os perigos enfrentados pelas comunidades quilombolas.

Ameaçada desde 2016, Mãe Bernadete foi homenageada antes do sepultamento.

Casa e Local onde morava Bernadete Pacífico, mais conhecida como mãe Bernadete - Foto: Romildo de Jesus/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
Casa e Local onde morava Bernadete Pacífico, mais conhecida como mãe Bernadete – Foto: Romildo de Jesus/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

Investigações do crime

Uma comissão interministerial do governo federal acompanha as investigação em Salvador.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, determinou apuração rigorosa por parte das polícias Militar e Civil. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar o caso.

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