A Câmara de Porto Alegre promulgou, no dia 10 de julho, uma lei que prevê a criação do ‘Dia do Patriota’.

A data escolhida para a data comemorativa foi o dia 8 de janeiro, referente aos ataques nos Três Poderes em 2023.

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A lei, de autoria do vereador Alexandre Bobadra (PL), foi promulgada pelo presidente da Câmara, Hamilton Sossmeier (PTB).

O ‘feriado’ entra no Calendário de Porto Alegre em 2024, quando os ataques completam 1 ano.

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Atos antidemocráticos

O grupo de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro (PL) caminhou até os prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Os atos antidemocráticos foram organizados em resposta aos resultados das eleições de 2022, com a derrota de Bolsonaro.

Deputadas são investigadas por suspeita de incitação de crime nos atos anti-democráticos do dia 8 de janeiro -Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoiadores de Bolsonaro – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As movimentações no dia 8 de janeiro, que será o ‘Dia do Patriota’, são alvos de investigações.

Vereador Alexandre Bobadra

O autor da lei, o vereador Alexandre Bobadra (PL), teve sua candidatura cassada por abuso de poder econômico, além de usos indevidos dos meios de comunicação.

O projeto de Lei de Bobadra foi apresentado no dia 15 de março, há dois meses dos atos antidemocráticos.

Repercussão

“Perturbador”, diz a senadora Eliziane Gama (PSD-AM), que atua como relatora da CPMI que investiga atos no dia 8 de janeiro.

A senadora critica a “promoção” dos atos golpistas, descrevendo-os como um “capítulo das histórias mais tristes”.

Em junho, a lei foi encaminhada para o prefeito Sebastião Melo (MDB), que não sancionou nem vetou o projeto.

No dia 8 de janeiro, o prefeito de Porto Alegre se posicionou contras os atos: “momento difícil e delicado”.

No entanto, silenciou em respeito a decisão da Câmara Municipal, segundo nota da prefeitura de Porto Alegre.

Em realção a promulgação, o silêncio de Sebastião Melo facilitou os desdobramentos.

“Quando aprovado, e se houver silenciamento do prefeito, só cabe ao chefe do legislativo promulga-la, o que fizemos.”, pontua nota da Câmara dos Veradores.