Um grupo de pesquisadores de uma startup do Inmetro, em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desenvolveram carne artificial de peixe sem peixe.

A ideia surgiu há cerca de três anos, mas só em 2020, com a criação da startup Sustineri Priscis, que ela começou a ser desenvolvida.

No ano seguinte, as pesquisas em laboratório logo foram iniciadas e obterem sucesso na primeira bioprodução.

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Com isso, a Sustineri Priscis foi a primeira empresa a criar carne de pescado por meio de cultivo celular no Brasil.

“Em 2020, a ideia maluca de produzir carne de peixe sem o peixe começou a tomar forma com a criação da Sustineri Piscis e sua pretensão de ser a primeira startup brasileira de carne de pescado cultivada. Em janeiro de 2021, mesmo diante das incertezas de propor algo inovador jamais realizado no Brasil, as pesquisas em laboratório foram iniciadas.”, disse os responsáveis pela Startup nas redes sociais.

Ideia surgiu há três anos – Foto: Reprodução/Instagram/@sustineripicis

Em julho de 2023, a startup teve êxito na produção da massa proteica de robalo [espécie de peixe] e criou o primeiro bolinho de peixe de carne por cultivo celular.

No final do mês passado, a Sustineri Piscis realizou um evento para apresentar ao público o 1º bolinho de peixe cultivado no Brasil.

“O evento mostrou que é possível termos um bolinho de peixe sem ter que capturar esse peixe na natureza. A ideia “maluca” virou realidade.”

Sustineri Piscis.

Pesquisadores explicam o Cultivo Celular

Em entrevista ao Portal G1, o diretor da Sustineri Piscis diz que: “A ONU diz que até 2050 vamos precisar dobrar o número de proteína animal para sustentar 10 bilhões de pessoas. Não há outra forma inteligente de fazer isso senão pelo cultivo celular, seja de peixe, seja de boi, de galinha ou de porco.”

Ainda ao G1, os pesquisadores explicaram como funciona a criação do peixe sem peixe.

“A gente pegou a célula desse peixe e multiplicou essas células até chegar a uma massa, que é, de fato, carne ‘genuína’ de peixe”, disse um deles.

Startup do Inmetro, na Baixada Fluminense, produziu carne de peixe sem peixe – Foto: Reprodução/Instagram/@sustineipiscis

“Conseguimos a reprodução celular de garoupa, cherne, linguado, tainha e robalo. A gente focou no robalo, uma carne extremamente branca com gosto e cheiro de peixe”, detalhou outro pesquisador.


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De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a carne se enquadra no conceito de ‘novo alimento’ e vai passar por avaliação assim que houver um pedido.

Assim que o alimento for validado pela vigilância, ele deverá passar pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para regularizarão e fabricação.

A estimativa é que esse processo leve alguns anos para ser finalizado.