O adolescente de 16 anos que atirou contra alunos e matou uma colega nesta segunda-feira (23), em uma escola localizada na Zona Leste de São Paulo, não teve ajuda de ninguém para praticar o atentado, informou o seu advogado, Antonio Edio. 

Bullying e agressões 

O defensor conversou com jornalistas na sede do 70º Distrito Policial de Sapopemba, onde o caso foi registrado, e relatou que o adolescente vinha sofrendo bullying há anos por ser homossexual e resolveu revidar com o ataque.  

Um boletim de ocorrência registrado pelo adolescente, em 24 de abril deste ano, menciona que o jovem foi agredido por “diversos alunos”, não identificados, da Escola Estadual de Sapopemba, a mesma onde ocorreu o ataque desta segunda-feira. 

A investigação aponta que o adolescente contou à mãe, que vinha recebendo ameaças on-line de pessoas que pareciam ser de “grupos rivais”. As ameaças eram feitas nas redes sociais. 

O ataque 

Imagens de câmeras de segurança do circuito interno da escola mostram o momento em que o adolescente atira contra Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos. Ela morreu após ser ferida com um tiro na nuca, quando se preparava para descer uma escada.

Atenção! Imagens fortes! 

Em outro vídeo, é possível ver o momento em que o adolescente entra na sala de aula e inicia os disparos em direção aos colegas. Durante o segundo ataque, outro estudante ficou ferido e um quarto jovem se machucou ao cair enquanto tentava fugir. 

“Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros três feridos estão sendo atendidos no Hospital Geral de Sapopemba. Um deles se machucou ao tentar fugir durante o ataque”, disse o governo.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”. 

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