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Presidente do Inep afirma que não há motivos para anular itens no Enem

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil - Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil - Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Manuel Palácios, afirmou, nesta quarta-feira (8), que não há justificativas para anular as três questões do Enem 2023 criticadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a “bancada ruralista”.

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Os itens criticados pelos políticos abordavam debates sobre a agropecuária e o desmatamento na Amazônia e no Cerrado.

Manuel alega que as questões cobravam apenas interpretação de texto do candidato, não concordância com o assunto tratado. Ele salientou que a prova é regida por critérios técnicos, sem a intervenção do governo.

“O que justifica a anulação é o caso de um item não ter uma resposta correta bem construída, ou se ele não produz informação relacionada efetivamente com a habilidade avaliada”, declarou Palácios.

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Quais são as questões?

Em nota publicada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a “bancada ruralista” diz que aguarda posicionamento “urgente” do governo federal sobre questões “de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico” no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As questões em específico tratam da expansão do agronegócio na Amazônia e Cerrado, sendo os itens 70 e 89 da prova branca.

Eles também questionam o item 71, que compara a corrida espacial à colonização do Brasil.

Segundo a frente parlamentar, essas questões apontam “negacionismo científico” contra o setor. Além disso, eles alegam que o governo propaga desinformação sobre a “principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos”.

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