Mais de um ano após a eleição mais acirrada da história do país, a polarização política segue forte entre o eleitorado brasileiro.

Uma pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (19), aponta que nove em cada dez entrevistados mantém convicção no voto que fizeram nas eleições de 2022.

De acordo com a pesquisa, apenas 8% afirmam não terem feito a melhor escolha.

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A pesquisa foi feita no dia 5 de dezembro com 2.004 pessoas em 135 cidades de todo o país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou menos.

Quanto aos candidatos, 9% disseram ter se arrependido do voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto 7% dizem o mesmo com relação a Jair Bolsonaro (PL)

O governo Lula tem mostrado sinais de querer diminuir a polarização, tentando atrair o eleitorado de Bolsonaro.

No entanto, ainda há estímulos à polarização da parte do presidente.

Em reunião do diretório nacional do PT no último dia 8, Lula destacou a disputa entre ele e contra Bolsonaro e afirmou que na eleição, “se os adversários latirem, os petistas devem latir de volta”.

Eleitores convictos

A confiabilidade dos eleitores para com as respectivas preferências eleitorais seguem a mesma, com tendência de alta:

  • 43% dos entrevistados dizem confiar hoje em seu candidato tanto quanto no dia da eleição;
  • 38% afirmam que confiam ainda mais hoje em dia;
  • 18%, por fim, dizem confiar menos no candidato do que em 2022.

Um ano depois da eleição, a convicção do eleitorado em relação aos seus candidatos segue praticamente intacta: 30% dos pesquisados se declaram petistas; 25%, bolsonaristas.

Os índices são idênticos aos auferidos pelo instituto em dezembro do ano passado, logo após as eleições.

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Eleição

Lula derrotou Bolsonaro, então candidato à reeleição, com margem de 2,1 milhões de votos, ou 1,8%.

O placar final foi de 50,9% a 49,1% dos votos válidos. Foi a vitória eleitoral mais acirrada desde a redemocratização do país.

Até então, o recorde havia sido na eleição de 2014, em que Dilma Rousseff (PT) derrotou Aécio Neves (PSDB) com uma margem de 3,28%.