Após viagem pelo Nordeste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai retomar as negociações sobre a reoneração da folha com Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
A medida da reoneração da folha de pagamentos tem sido um embate entre governo, Congresso e setores da economia.
Na última semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, durante um evento na Suíça, que havia um acordo do governo sobre a MP.
“Há o compromisso do governo federal de reeditar a medida provisória para revogar esta medida provisória na parte que toca a desoneração da folha de pagamentos. Esse é o compromisso político que fizemos”, disse Pacheco durante o Brazil Economic Forum, em Zurique, na Suíça.
Haddad e Lula, no entanto, estão contornando a posição de acordo.
Lula declarou, durante viagem no Nordeste, que o Brasil não pode ficar subordinado à “pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração das horas extra”.
“Esse país não pode ficar subordinado à pequenez de umas pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração das horas extras, da folha de salário, deixar de pagar imposto na folha de salário”, disse Lula em relação aos críticos à reoneração.
Já Haddad tem dado declarações de ainda não há negociação ou acordo da MP.
Reoneração
A reoneração de forma gradual a folha de pagamento faz parte de um pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tentar cumprir a meta fiscal de déficit zero em 2024.
Na prática, a medida bate de frente com o entendimento do Congresso, que derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração para 17 setores.