O ministro Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias o inquérito que investiga ações de milícias digitais contra a democracia. Esta é a nona vez que o inquérito é prorrogado.
A investigação teve início em julho de 2021, coincidindo com o arquivamento de outro inquérito, aberto para investigar atos antidemocráticos ocorridos no primeiro semestre daquele ano.
O arquivamento do inquérito atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Ao abrir a nova frente de apuração, Moraes determinou que se analisasse a “a presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhante àqueles identificados no Inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.
Em outubro, Moraes autorizou o compartilhamento do relatório da CPMI dos atos golpistas, do Congresso, com o inquérito. No despacho, o ministro afirmou que os parlamentares apontaram as conexões das ações investigadas na comissão com o inquérito em tramitação no Supremo.