As últimas mensagens trocadas entre Livia Gabriele da Silva Matos, 19 anos, e Dimas Cândido de Oliveira, 18 anos, jogador de futebol da categoria de base do Corinthians, revelam detalhes das últimas conversas do casal antes do trágico acontecimento que resultou na morte da jovem, na noite da última terça-feira (30/1).

O conteúdo das conversas, obtido de um aplicativo de mensagens no celular da vítima, foi recentemente divulgado pela TV Globo e pela TV Record. Os diálogos evidenciam uma certa intimidade entre os dois, com Livia referindo-se ao jogador como “vida” e “amor” em alguns momentos, enquanto Dimas utiliza termos como “gatinha” e “princesa”.

Apesar do tom respeitoso das conversas, sem insinuações sexuais explícitas, no último dia 30, data do encontro, fica evidente que eles têm a intenção de ter relações sexuais. Dimas esclarece: “Eu não gosto de transar sem camisinha”, ao que Livia responde prontamente: “Eu também não”.

Livia Gabrielle faleceu após um encontro com o jogador no apartamento dele, localizado na zona leste de São Paulo. De acordo com o relato de Dimas à Polícia Civil, a jovem começou a sentir-se mal durante uma relação sexual consensual entre eles, apresentando um intenso sangramento vaginal.

Preparativos para o encontro

Logo após, Livia pergunta a Dimas: “Pronto. Tô pronta. Quer que eu vá agora ou daqui a pouco?” Ao que ele responde: “Daqui a pouco”. Às 18h06, ela avisa: “Tô chegando, amor”.

Análise das Câmeras de Segurança A equipe de investigações da 5ª Delegacia da Mulher revelou que a análise das câmeras de segurança do condomínio de Dimas indica que os dois subiram para o apartamento sozinhos.

Alegações da defesa

De acordo com a defesa de Dimas, este foi o primeiro encontro pessoal do casal, embora já tivessem mantido contato pelo Instagram anteriormente. O advogado Tiago Lenoir afirmou que “eles tiveram relações sexuais consensuais e com uso de preservativo”.

Além disso, o advogado enfatizou que ambos não consumiram bebidas alcoólicas nem drogas durante o encontro. “No local, havia apenas cigarros eletrônicos levados por ela”, acrescentou.

Segundo Lenoir, ao perceber que Livia havia desfalecido, o atleta imediatamente acionou o Samu, seguiu as orientações para realizar massagem cardíaca e acompanhou a jovem até o hospital. No entanto, após sofrer quatro paradas cardíacas, ela não resistiu.

Investigação

A Polícia Civil aguarda os resultados de três exames do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer o que causou a lesão na região genital de Livia.

O atestado de óbito, emitido no hospital, indica que Livia faleceu devido à ruptura de uma membrana conhecida como “saco de Douglas”, localizada na região pélvica entre o útero e o reto. Para esclarecer as circunstâncias da lesão, os investigadores solicitaram exames necroscópicos, sexológicos e toxicológicos.

A equipe médica do hospital identificou um corte de cerca de cinco centímetros como a causa do sangramento fatal que vitimou a jovem. O advogado Alfredo Porcer, representante da família da vítima, afirma que os indícios apontam que a lesão possa ter ocorrido durante um ato sexual entre Livia e Dimas.