Nesta quinta-feira (15), o Ministério da Saúde estabeleceu um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar a resposta ao surto de mpox no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a doença como uma emergência em saúde pública de importância internacional nesta quarta-feira (14).
Embora o Brasil tenha mantido a estabilidade no número de infecções desde 2023, o novo COE e um Comitê de Emergência vão reforçar a vigilância e o planejamento para enfrentar a doença.
Em uma coletiva de imprensa em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que o comitê se concentrará na análise técnica e na organização necessária para gerenciar a emergência.
Vacinas
Além disso, o Ministério da Saúde está negociando com a Organização Pan-Americana da Saúde a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a mpox.
Vale lembrar que, durante o primeiro surto global, no ano passado, a Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Jynneos, já que o imunizante não estava licenciado no Brasil.
Esta autorização teve sua renovação em fevereiro deste ano, mas está prestes a expirar novamente. O ministério, portanto, já solicitou uma nova renovação.
Por fim, em relação à vacinação, a ministra Nísia Trindade esclareceu que o imunizante será utilizado apenas em casos excepcionais.
“Nós vacinamos, no Brasil, com uma licença especial da Anvisa, em casos muito excepcionais. A vacinação nunca será uma estratégia em massa pra mpox. É importante dizer, pra que a população não se sinta desprotegida por não ter uma vacina. Essa vacina tem alguns limites, é uma estratégia usarão de uma forma muito seletiva”.
Casos e Mortes pela Mpox no Brasil
Desde o início de 2024, o Brasil notificou 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, um número consideravelmente menor em comparação aos mais de 10 mil casos registrados em 2022.
Desde o início do surto, o país também registrou 16 óbitos, sendo o mais recente em abril de 2023.
A vacinação teve início em 2023 durante a primeira emergência global e já aplicou mais de 29 mil doses, priorizando indivíduos em maior risco de formas graves da doença.
Atualmente, o Brasil está classificado no nível 1 de alerta para a doença, o mais baixo, o que indica um cenário de normalidade e a ausência da nova variante mais transmissível identificada no Congo.
O Ministério da Saúde detalhou os diferentes níveis de alerta:
- Nível 2: indica uma mobilização em caso de detecção de casos importados;
- Nível 3: corresponde a um cenário de alerta com casos autóctones esporádicos;
- Nível 4: refere-se a uma situação de emergência com transmissão sustentada;
- Nível 5: representa uma crise com uma epidemia estabelecida no país.
Primeiro caso fora da África após anúncio da OMS
Ainda nesta quinta-feira, a Suécia detectou o primeiro caso fora da África do atual surto de Mpox. O ministro dos Assuntos Sociais sueco, Jakob Forssmed, fez o anúncio oficial.
Contudo, o caso foi identificado na região de Estocolmo. Um indivíduo havia viajado recentemente para uma área da África afetada pelo surto.
Portanto, o indivíduo está seguindo as diretrizes atuais e recebendo cuidados adequados.
Apesar disso, Wigzell tranquilizou a população, garantindo que o caso não representa um risco alto para os suecos. Por ora, não são necessárias medidas adicionais de controle.
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Com informações da Agência Brasil