O Ministério de Minas e Energia (MME) vai anunciar nesta quarta-feira (16/10) se o horário de verão retornará ao Brasil ainda em 2024. A medida está sendo analisada como uma possível solução para minimizar os impactos da grave seca que afeta o sistema energético do país.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, realizará uma coletiva de imprensa às 13h30 para apresentar a decisão final sobre o assunto.
Um relatório apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou que o retorno do horário de verão pode aliviar a pressão sobre o Sistema Interligado Nacional (SIN), principalmente durante o pico de consumo no fim da tarde.
O estudo apontou que a medida pode reduzir em até 2,9% a demanda de energia e gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões nos custos operacionais entre os meses de outubro e fevereiro.
Volta do horário de verão causa polêmica
Apesar dos benefícios apontados por pesquisadores, a medida enfrenta resistência de setores da economia. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) manifestou preocupação, argumentando que a mudança pode prejudicar voos e conexões já programados, além de criar transtornos para passageiros e tripulações.
A entidade sugere que, caso o horário de verão seja aprovado, seja dado um prazo mínimo de 180 dias entre o anúncio e a implementação.
No entanto, o governo tem outro plano. O ministro Alexandre Silveira indicou que, se a decisão for pelo retorno do horário de verão ainda em 2024, a medida deverá ser implementada até o início de novembro, um mês de alta demanda energética. Isso significaria que, se a decisão for tomada esta semana, o horário de verão começaria a vigorar dentro de 15 a 20 dias.