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Financiamento da Caixa: o que mudou para compra de imóveis

As mudanças no financiamento da Caixa trarão impactos significativos para quem deseja comprar um imóvel

As mudanças no financiamento da Caixa trarão impactos significativos para quem deseja comprar um imóvel. Foto: Reprodução/Freepik

O financiamento da Caixa Econômica Federal, uma das principais opções para quem busca adquirir um imóvel no Brasil, vai passar por importantes mudanças a partir de 1º de janeiro de 2025. Com novas condições de crédito e o aumento do valor de entrada, essas alterações podem impactar diretamente os planos de quem pretende comprar ou construir um imóvel.

O que muda no financiamento da Caixa?

Uma das principais alterações no financiamento da Caixa é o aumento da porcentagem que o comprador deve pagar como entrada. Atualmente, a Caixa financia até 80% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), e até 70% pela tabela Price. Com as novas regras, o percentual financiado será reduzido, o que significa que o comprador terá que arcar com uma parcela maior do valor total.

A partir de janeiro, as regras serão as seguintes:

Essas mudanças visam ajustar a oferta de crédito da Caixa, diante do aumento da demanda por imóveis e da necessidade de equilibrar os recursos disponíveis para financiamentos habitacionais.

Por que o financiamento da Caixa está sendo alterado?

As mudanças no financiamento da Caixa estão diretamente ligadas a fatores econômicos e de mercado. O aumento da demanda por imóveis no Brasil, somado ao crescente volume de saques da caderneta de poupança – principal fonte de recursos para os financiamentos imobiliários – forçou a instituição a revisar suas condições de crédito.

Em setembro de 2024, a poupança registrou saques líquidos de R$ 7,1 bilhões, marcando o maior valor do ano e o terceiro mês consecutivo de retiradas. Com isso, a Caixa informou que sua carteira de crédito habitacional deve ultrapassar o orçamento aprovado para o próximo ano, criando a necessidade de ajustes nas condições de financiamento.

Segundo a instituição, o objetivo dessas mudanças é garantir a sustentabilidade dos recursos para crédito habitacional, atendendo à demanda de forma mais equilibrada. Além disso, a Caixa está em constante diálogo com o mercado e o governo para buscar soluções que permitam a expansão do crédito imobiliário no país.

Limitações no valor do imóvel

Outra mudança significativa no financiamento da Caixa é a limitação no valor dos imóveis que podem ser financiados. A partir de janeiro, apenas imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão poderão ser financiados com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Essa regra se aplica tanto para a compra quanto para a construção de imóveis.

No modelo atual, não há um teto máximo estabelecido, o que permitia financiamentos para imóveis de valores superiores. Com a nova regra, o mercado imobiliário de imóveis de luxo pode ser afetado, já que muitos compradores que dependiam do financiamento precisarão reavaliar seus planos.

Importante ressaltar que essa limitação não se aplica a empreendimentos financiados pela própria Caixa. Unidades habitacionais vinculadas a esses projetos continuarão a seguir as regras anteriores, assim como propriedades já adquiridas, cujos contratos de financiamento permanecerão inalterados.

O que fazer antes das novas regras entrarem em vigor?

Para os consumidores que estão finalizando o financiamento da Caixa, a recomendação de especialistas é acelerar o processo antes que as novas regras entrem em vigor. Assinar o contrato até o final de dezembro garante as condições atuais, que incluem uma entrada menor e uma parcela maior do valor do imóvel financiada pelo banco.

Por outro lado, quem não conseguir fechar o negócio dentro desse prazo terá que se adaptar às novas condições. O aumento do valor de entrada pode exigir um planejamento financeiro mais rigoroso, com a necessidade de poupar mais dinheiro antes de dar o próximo passo na compra do imóvel. Outra alternativa é recorrer a consórcios, que permitem a compra de imóveis sem a necessidade de financiamentos com altos juros.

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