A Polícia Federal (PF), por meio da Operação Contragolpe, prendeu, nesta terça-feira (19), cinco membros de uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula.
Segundo a Polícia Federal, o grupo de militares chamados de “kids pretos” criaram um grupo na plataforma Signal para tratar do plano golpista, que envolvia o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).
O grupo era chamado de “Copa 2022” e os militares que participaram do plano golpista receberam codinomes de países para proteger as verdadeiras identidades.
Foram escolhidos os seguintes países: “Alemanha”, “Argentina”, “Brasil”, “Áustria”, “Gana” e “Japão”.
Os nomes parecem ter sido inspirados nos protagonistas da série espanhola “La Casa de Papel”, um dos maiores sucessos da Netflix.
Na trama, um grupo se reúne para roubar bancos na Espanha e utiliza codinomes em referência a capitais do mundo, como Tóquio (Japão), Berlim (Alemanha), Rio (Brasil).
Codinomes também foram usados para denominar os alvos do plano golpista.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin são associados a “Jeca” e “Joca”, respectivamente.
Veja nomes dos presos pela PF:
- Hélio Ferreira Lima, coronel que comandava a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus (AM);
- Mário Fernandes, general, ex-ministro interino da Secretaria-Geral, ex-secretário-executivo da PR e ex-assessor do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
- Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais do Exército;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército;
- Wladimir Matos Soares, policial federal.
Além das prisões, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas pelos agentes federais.