A Polícia Federal (PF) revelou nesta terça-feira (19) um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A investigação avançou após a recuperação de mensagens apagadas no celular do tenente-coronel Mauro Cid.
As informações extraídas do aparelho indicaram a existência de um planejamento detalhado, chamado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que previa a execução dos atentados em 15 de dezembro de 2022.
O plano envolvia integrantes das Forças Especiais do Exército, conhecidas como ‘Kids Pretos’, grupo ao qual Cid estava vinculado.
Com base nas evidências digitais, a Operação Contragolpe foi deflagrada nesta terça-feira (19/11). Foram expedidos cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, todos autorizados pelo STF.
Entre os alvos das prisões estão o general reformado Mário Fernandes, ex-assessor de Eduardo Pazuello, além de Helio Ferreira Lima e o major Rafael Martins de Oliveira. Um policial federal também foi identificado como parte do esquema.
As ações ocorrem em diversas cidades, incluindo Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro e Amazonas.
No Rio, a operação mira militares envolvidos na segurança de líderes mundiais durante a Cúpula do G20. O Exército acompanha as diligências.
A Polícia Federal (PF) convocou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para prestar um novo depoimento na próxima terça-feira (19). O interrogatório acontecerá na sede da PF em Brasília, às 14 horas.