O plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), envolvia o uso de veneno e explosivos.

A Polícia Federal (PF) investiga uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022.

“As ações operacionais tomadas no pós- eleições tiveram como finalidade viabilizar o Golpe de Estado, na tentativa de impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício do Poder judiciário brasileiro”, diz trecho do documento da PF.

A ideia dos militares, segundo a PF, era colocar o plano em prática em 15 de dezembro de 2022, três dias após Lula ter sido diplomado presidente eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo as investigações, o objetivo do grupo criminoso era não apenas ‘neutralizar’ o ministro Alexandre de Moraes, como também “extinguir a chapa presidencial vencedora” por meio do assassinato do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Para a execução do presidente Lula, o documento descreve a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para “causar um colapso orgânico”. O método levou em consideração a “vulnerabilidade da saúde” do presidente.

O grupo também planejava assassinar o ministro Alexandre de Moraes com o uso de artefato explosivo e envenenamento durante evento oficial público.

“Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto”, detalha a investigação.

Operação

A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (19) uma operação contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022.

A operação, batizada de Contragolpe, mirou em agentes das Forças Especiais do Exército, conhecida como ´kids pretos’.

O grupo é acusado de planejar um golpe com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB), além de ameaçar o Poder Judiciário.