Nas conversas entre os criminosos do plano golpista que envolvia o assassinato de autoridades são usados os codinomes “Jeca” e “Joca” para se referirem ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin.
Os codinomes usados pelos criminosos carregam teor pejorativo, uma vez que o termo “Jeca” faz alusão a pessoas que moram na zona rural, “caipiras”, “cafonas” ou com mau gosto.
Enquanto “Joca” é usado para chamar alguém de “burro” ou “tolo”.
O texto da investigação cita que a morte de Lula abalaria toda a chapa vencedora, “colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos Três Poderes, sob a tutela principal do PSDB”.
E ainda destaca que em caso de “neutralização” de Lula, Alckmin assumiria a Presidência da República, sendo portanto, também necessária a saída dele da jogada.
A Polícia Federal (PF) investiga a organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022, que elegeram os opositores de Jair Bolsonaro.
O plano para matar as autoridades envolvia o uso de veneno e explosivos.
Para a execução do presidente Lula, o documento descreve a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para “causar um colapso orgânico”.
O método levou em consideração a “vulnerabilidade da saúde” do presidente. O grupo ainda planejava assassinar o ministro Alexandre de Moraes da mesma forma durante evento oficial público.